Segurança

Ocorrências no estado alertam para atentados na região

Foto: Flavio Tin/Jornal Notícias Do Dia

Foto: Flavio Tin/Jornal Notícias Do Dia

O estado de “alerta” das polícias, Civil e Militar, e do sistema prisional catarinense, voltou a ser uma realidade após um ano da segunda onda de atentados do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) que atingiu mais de 40 cidades. Foi também neste mês, em 2013, que os 40 líderes da facção foram transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em unidades penitenciárias federais, de segurança máxima. O prazo de permanência das lideranças é de um ano e pode ser renovado. No mês passado e neste final de semana, ocorrências de incêndios e fugas de detentos voltaram a alardear os sistemas. Segundo a Polícia Civil, o alerta maior é para o Carnaval. “Que vai cair exatamente quando a facção completa 11 anos, no dia 3 de março. Há sim esse estado de alerta aqui também na cidade e na região”, confirma o delegado, Vitor Bianco Júnior, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma.

As fugas seriam imposições do crime organizado para os foragidos cometerem os ataques nas ruas. No sistema prisional da região, nenhuma ocorrência que pudesse chamar atenção foi registrada, diferente de outras cidades catarinenses. Sábado um detento fugiu do Presídio Regional de Joinville. Na virada do ano, na mesma unidade, três reclusos tentaram fugir, mas sem sucesso. Em 10 de janeiro, no Presídio Regional de Jaraguá do Sul, mais uma fuga. Em 21 de janeiro outro detento fugiu da Penitenciária Industrial de Joinville. Na noite da última quarta-feira, sete detentos tentaram fugir do Presídio de Lages, três dias antes, três reclusos conseguiram êxito na fuga. No dia 22 do mesmo mês um detento de Criciúma fugiu do Complexo Penitenciário em Florianópolis. A maioria deles foi recapturada nos dias seguintes.

Morte de detento criciumense

Conforme o site Clicatribuna, na segunda-feira passada, o detento de Criciúma, Marcos Aurélio de Souza, 27 anos, foi assassinado no quartel-general do PGC: a Penitenciária de São Pedro de Alcântara. Marcos teria sido morto por não ter quitado uma dívida na cidade de origem. Na sexta-feira, agentes penitenciários evitaram um motim organizado por apenados do Cadeião do Estreito.

Fora do sistema carcerário outros casos vêm chamando a atenção. Na quinta-feira, uma viatura da PM que estava estacionada em uma concessionária em Itajaí, foi incendiada. Na madrugada de sábado, após ser apedrejada, uma base da PM, desativa, de Chapecó, também foi alvo de incêndio. Também no sábado, o depósito de munições da Academia de Polícia Civil (Acadepol), na Capital, foi destruído pelo fogo (foto). As causas ainda são desconhecidas, mesmo assim um alerta foi emitido à rede da corporação.

Na noite de domingo, um posto da PM, no Bairro Coqueiros, também na Capital, foi alvo de quatro tiros. Um deles atingiu um carro que estava estacionado próximo. Também no final de semana, dois carros foram incendiados em Tubarão, de forma criminal.