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Uma mulher acusada de integrar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC, de São Paulo, foi presa ontem em Tubarão. O mandado de prisão foi cumprido como parte da operação Sintonia, da Polícia Civil, que apura crimes ligados ao PCC em Santa Catarina.
Os detalhes sobre a participação da acusada na organização criminosa não foram revelados. Segundo o delegado titular da Divisão de Repressão ao Crime Organizado – Draco, Procópio Batista da Silveira Neto, a mulher vivia na Cidade Azul há aproximadamente seis meses, em residência fixa e com a família.
“Não podemos dar detalhes sobre a atuação dela na facção, pois isso prejudicaria as investigações. Mas todos os que foram presos ontem vão responder por participação em organização criminosa e associação para o tráfico”, afirma Procópio.
Segundo o delegado, a mulher teria se mudado para Tubarão porque o marido dela, que também é membro do PCC, está preso em uma penitenciária no Sul do Estado. A acusada foi conduzida a Florianópolis e depois encaminhada ao Presídio de Itajaí.
A operação Sintonia, comandada pela Draco e pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais – Deic, foi desencadeada depois de oito meses de investigação. O foco das ações se concentra na cidade de Joinville, onde cinco pessoas foram presas.
Ao todo, foram cumpridos ontem 63 mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão. A operação se estendeu, em Santa Catarina, às cidades de Itajaí, Itapema e Itapoá – além de Tubarão. Buscas judiciais também foram realizadas nos Estados do Paraná, Minas Gerais e Sergipe.
De acordo com o delegado Procópio, dos 63 mandados de prisão, 54 tiveram êxito. Os outros nove, não encontrados, agora são considerados foragidos da Justiça. Do total de mandados, 45 foram cumpridos contra pessoas que já estão no sistema prisional e que têm envolvimento com o PCC.
Drogas e armas, além de cartas, anotações, documentos e cartões de memória com provas da participação dos envolvidos na organização, foram apreendidos.
PCC e atuação em Santa Catarina
O PCC foi criado em 1993 e é considerado a maior organização criminosa do país, presente em 22 dos 27 Estados brasileiros. Mas a ação do grupo está concentrada na cidade de São Paulo. A facção é financiada, principalmente, com dinheiro de venda de drogas, roubos de cargas e assaltos a banco.
Em Santa Catarina, o PCC tem avançado nos últimos anos, e vem travando disputas com a facção Primeiro Grupo Catarinense – PGC. A guerra entre as duas organizações é ocasionada por disputa de territórios e pontos de tráfico de drogas, principalmente na região de Joinville, que registra uma onda de assassinatos desde o ano passado.
Com informações do site Diário do Sul