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Paciência e respeito, a receita para uma união duradoura

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Aos 97 anos, Líbero Zaccaron ainda serve a esposa todos os dias, como se fosse a primeira vez. O café, só toma depois que Enriqueta Fornasa Zaccaron, 93 anos, tomar o seu. Deitar, só quando a companheira está acomodada confortavelmente na cama. Com a audição comprometida, é pelo olhar que ele percebe quando Enriqueta precisa de algo. Ela, que há sete anos está em uma cadeira de rodas, conta com o esposo para auxiliar nas tarefas cotidianas. Um companheirismo que está prestes a completar 75 anos. Mais de sete décadas de um casamento que uniu duas famílias e virou sinônimo de respeito e união. 

"Nós nos conhecemos em Pedras Grandes e começamos a namorar. Foram cinco anos antes do casamento. Naquela época, eu tinha 16 anos. Era um namoro bem comportado. Eu tinha que pedir se quisesse que ele me desse a mão. Tudo bem diferente de hoje. Nosso casamento foi durante o dia e nossa vida começou nesse mesmo lugar que moramos hoje", relembra Enriqueta, que mora no Bairro De Villa, em Urussanga. 

Da união nasceram seis filhos. "Eles que nos ajudavam. Nossa vida foi toda na roça. Nós plantávamos feijão, arroz, fazíamos a farinha, criávamos porcos, tudo que consumíamos era feito por nós mesmos", conta Líbero. 

Carinho em abundância

Conforme matéria do site Clicatribuna, dos seis filhos, quatro estão vivos. Um deles reside com o casal, juntamente com a família. "Eles são um exemplo para todos nós. Nunca vi um homem ser tão dedicado a uma mulher como meu sogro é com Enriqueta. Ele não poupa esforços para vê-la bem. É um carinho sem limites. Eles simbolizam realmente o que é o respeito entre duas pessoas", afirma a nora, Sônia Savi Zaccaron, que há 31 anos reside com o casal. 

O segredo para viver bem

Para o casal, que irá completar Bodas de Brilhante na próxima terça-feira, o segredo para um casamento duradouro é simples: basta ter respeito e muita paciência. "A gente já discutiu, mas nunca chegou ao ponto de querer separar. É só ter paciência e saber escutar", observa Enriqueta. "Uma vez perguntei para meu sogro porque ele era tão calmo e não respondia, mesmo que alguma situação o irritasse. Ele me respondeu: 'precisa ter paciência para ir para o céu'. É essa a lição que eles nos deixam", diz a nora. 

Para o aniversário, não haverá nenhuma comemoração especial. "A festa, vamos deixar para fazer quando meu pai completar 100 anos. Na terça, ficaremos com as recordações da história vivida pelos dois", comenta a filha do casal, Erotide Zaccaron Benincá.