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Para especialista, surfista foi atacado por tubarão de pequeno porte no Farol de Santa Marta, em Laguna

Uma publicação no Facebook acendeu o alerta: um surfista teria sido atacado por um tubarão no último sábado, na região do Farol de Santa Marta, em Laguna. As imagens postadas pelo irmão mostram o pé de Lucas Bofill com curativos e pontos cirúrgicos e trazem uma suspeita: "disseram os pescadores que foi um cação-mangona". 

O rapaz teria sido mordido enquanto surfava em uma das praias do Farol. Ele contou que não chegou a ver o animal que o atacava, já que o tubarão teria se aproximado por trás e se afastado em seguida. Segundo matéria publicada pelo Diário Catarinense, com exceção do susto, o surfista passa bem, mas o receio de ser mordido novamente permanece.

"Estou procurando especialistas para confirmar se foi mesmo um tubarão, o que seria um caso inédito em Laguna. Após ser mordido, precisei tomar uma vacina antitetânica por garantia", relata.

Embora seja praticamente impossível identificar a espécie exata de tubarão que teria atacado Bofill apenas pelas fotos, especialistas conseguem deduzir algumas informações. Para Jules Soto, professor e curador geral do Museu Oceanográfico da Univali, trata-se um tubarão de pequeno porte. 

"Trata-se um ferimento típico de uma mordida de tubarão ou cação, que são a mesma coisa. Mas não acredito que seja uma mangona, e sim outra espécie com dentes triangulares alinhados (a mangona possui dentes cônicos e desalinhados). Também é possível identificar o porte do tubarão, que não deve ser maior que 1,5 metro", analisa Soto. 

Ataques são raros no Sul do Brasil

O professor Jules Soto tranquiliza a população de Laguna e diz que os ataques de tubarões são muito raros no Sul do País, mas relembra um caso em que um homem foi mordido por um tubarão-pintado-de-sete-fendas no litoral do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o banhista saiu da água com o animal agarrado à perna pelos dentes. 

Em novembro do ano passado, um boato sobre supostos ataques de tubarões no Norte de Florianópolis circulou pela internet. O Grupo de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros Militar negou os ataques e afirmou que nenhum caso parecido havia sido registrado na Capital.

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