Segurança

Pedreiro de 38 anos morre eletrocutado após cair em cima de rede elétrica

Foto: Divulgação/Notisul

Foto: Divulgação/Notisul

A queda de um andaime de um prédio em reformas, no centro de Tubarão, ontem, no início da tarde, tirou a vida de Luiz Angelo Machado Francisco, de 38 anos. Ele trabalhava na estrutura e morreu eletrocutado quando caiu em cima da rede elétrica.

O acidente – que ocorreu por volta das 13h15min – chamou a atenção de dezenas de pessoas, todos apreensivas para observar a lamentável cena. Isto porque, além do corpo de Luiz, que ficou pendurado sobre uma marquise, outro operário, de 46 anos, também executava os serviços e ainda estava no prédio.

Ele sofreu queimaduras em várias partes do corpo, as mais profundas foram nos pés e nas mãos. O homem foi encaminhado, consciente ao Hospital Nossa Senhora da Conceição pela equipe dos bombeiros militares do Autossocorro de Urgência (ASU). As informações preliminares apontam que ele não corre risco de morrer.

O corpo de Luiz foi recolhido ao Instituto Médico legal (IML). Ele morava no bairro Guarda margem esquerda. A Polícia Militar e os funcionários da Celesc estiveram no local para os procedimentos.

Residências e estabelecimentos comerciais dos bairros Oficinas, Santo Antônio de Pádua e Centro tiveram o fornecimento de energia elétrica interrompido por cerca de 30 minutos.

Como foi o resgate do operário e o risco dos bombeiros

Segundo matéria do Jornal Notisul, quando os soldados dos bombeiros militares Israel da Silva Francisco e Débora Margotti de Pieri chegaram ao local do acidente, as testemunhas contaram que havia outra pessoa no prédio. Os dois não perderam tempo e entraram por uma janela.

Ao verem o operário sob o andaime, perceberam que, a cada movimento, o pedreiro levava um choque, o que poderia ser fatal porque o local estava energizado. “Pedimos para ele manter a calma para conseguirmos retirá-lo sem riscos e, consequentemente, a nós três”, conta Francisco.

“É uma ocorrência atípica, mas é a nossa profissão, e havia uma vida ali. Por isso arriscamos sem esperar a chegada da Celesc para desligar a energia. Ele poderia vir a óbito se permanecesse ali, porque o andaime estava energizado”, detalha a socorrista Margotti.

O que realmente ocorreu e as dicas dos bombeiros

O andaime não caiu porque estava sem sustentação (amarrado), mas sim porque é de aço e foi puxado pela rede de energia. Conforme o bombeiro militar Israel da Silva Francisco, o operário sobrevivente, de 46 anos, chegou a lhe contar como foi o acidente.

“Os dois tinham encerrado o serviço naquela parte do prédio e desamarraram o andaime na parte de cima para trabalhar em outra área. Quando o movimentavam para o lado, ocorreu o contato, pois estava na reta da rede. O andaime é de aço e foi magnetizado pela alta tensão da rede, então foi puxado”, detalha o bombeiro. 

A dica é sempre usar equipamentos apropriados para evitar estes acidentes. Conforme Francisco, não se deve trabalhar com este tipo de andaime, pois é de aço. O ideal é utilizar as cadeirinhas e evitar aproximação com as redes de alta tensão.