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Pesquisa, dedicação e paciência: a receita para economizar na obra

Alguns passos são importantes para que o consumidor não tenha uma surpresa quando somar as despesas no fim da construção.

Foto: Divulgação

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Construção é sinônimo de gastos. Do projeto ao acabamento, da decoração à iluminação, por menor que seja o detalhe mais dinheiro será necessário para dar fim à obra. Quando tudo é colocado na ponta do lápis, o valor final impressiona. E para evitar qualquer surpresa, por vezes desagradável, é necessário tomar algumas medidas preventivas e seguir determinadas dicas, desde a escolha do terreno até a finalização do projeto. Tendo em vista alguns pontos que devem ser observados, com certeza o gasto no empreendimento será muito menor que o esperado.

De acordo com o proprietário da Engenharia Castanhel, Édio Castanhel, hoje tanto as construtoras quanto os particulares se preocupam com o processo de construção, até porque todo desperdício é custo. “Normalmente quanto maior a compra, melhores os preços e descontos. Se todas as dicas forem seguidas criteriosamente, a economia durante a obra chega até a 15%”, destaca. Para o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Civil de Criciúma (Sinduscon), Jair Paulo Savi, pesquisar sempre é a melhor opção. “Sabemos o quanto construir exige tempo e dedicação. Por isso, estamos atentos à variação no mercado e possibilidades a quem vai construir”, pontua Savi.

Tudo inicia com a compra do terreno

Os primeiros cuidados já devem ser tomados durante a escolha do lote. A decisão implica em economia na aplicação de mais ou menos infraestrutura. “Deve-se analisar a estrutura da rua. Ela pode ser asfaltada ou de chão batido, estar em um morro ou escavações. Aí o morador precisará gastar com terraplanagem, aterro, mais fundações. Estes são custos que podem ser previstos, por isso a importância de um bom profissional para auxiliar na hora da aquisição”, informa Castanhel.

O primeiro passo implica no restante da obra, explica ele. Tanto é que após a compra vem a fase dos projetos. “Deve-se fazê-lo conforme a real necessidade do cliente. Edificar 100 metros quadrados se ele só precisa de 80 é desperdício”, ponta. Aí entram em cena, também, os projetos complementares, como o sanitário, elétrico e outros. “Então volta à tona a questão da insfraestrutura. A pessoa escolheu bem o terreno? Tudo é custo”, lembra Castanhel.

Atenção redobrada na hora da construção

Almerito Speck está reformando a casa e sentindo na pele as dificuldades em construir. “Estou fazendo pesquisas por conta própria e procurando os materiais mais em conta. Dá um pouco de trabalho, exige tempo e paciência, mas no fim vale a pena”, comenta. Para ele, pesquisar é fundamental. “Assim, com certeza a obra sairá mais barata que o imaginado”, pontua. De acordo com Castanhel, o ideal é contratar profissionais qualificados em todas as etapas. “O cliente tem de analisar se a empresa cumpre prazos, entrega quando prometido, cumpre com aquilo que apresenta”, avalia.

Durante a obra, é preciso medir a quantidade de material necessária. Que não seja a mais, para sobrar, nem a menos, para depois repor, gastar tempo, frete, e outros custos adicionais. Outra dica importante é manter a padronização das peças, como pisos, azulejos, esquadrias, forro e tinta. Assim diminuem as sobras. “Essas são coisas que parecem pequenas quando sozinhas, mas se juntas representam uma quantidade significativa. De R$ 100 em R$ 100 chega-se em um valor considerável”, garante Castanhel.

Importante lembrar, também, de construir os dormitórios virados para os lados Norte ou Leste, já que pega Sol grande parte do dia. A cozinha e o banheiro, assim, ficam para o Sul e o Oeste, pois precisam menos de claridade. “Se tudo isso for seguido seguramente haverá economia. De repente o consumidor gasta um pouco mais com o projeto por procurar bons profissionais, mas tem a recompensa depois, com o passar do tempo. Avaliar tudo com calma e tempo é essencial para um bom resultado”, garante.

Colabração: Samira Pereira/Ápice Comunicação