Expor os peixes produzidos na região e provar que eles são tão competitivos quanto os de água salgada. Estes são os principais objetivos da Associação dos Piscicultores de Orleans (APO), ao participar da quarta edição da AgroPonte, a feira do agronegócio, da pecuária, da agricultura familiar e da piscicultura, que acontece entre 13 e 17 de agosto de agosto, em Criciúma. Durante o evento, os 20 integrantes da Associação apresentarão diferentes espécies, a exemplo da tilápia, carpas húngara, capim e cabeça grande, jundiá e traíra.
De acordo com o presidente da APO, Jorge Manoel Cachoeira, a parceria com uma empresa que fabrica equipamentos para piscicultura proporcionará a montagem de um lago artificial dentro da Exposição de Animais. “Será um dos diferenciais deste ano. Participamos da AgroPonte desde a primeira edição, e a cada vez buscamos uma forma diferente de conscientizar quando ao consumo de peixe de água doce. Antigamente esses animais eram criados nos açudes com dejetos de suínos, hoje eles são tratados somente com ração comercial. Isso confere um sabor muito melhor, totalmente diferenciado. Um exemplo é o filé de tilápia, que tem uma cor clara e é bastante leve”, evidencia o presidente.
Para incentivar o consumo e ensinar a maneira correta de preparar o alimento, serão distribuídas para os visitantes, às 20:30 de sexta-feira, dia 15 de agosto, opções gastronômicas feitas à base do pescado. “Teremos filés de tilápia, carpas assadas. Mostraremos diversas formas de preparar e surpreender na hora do almoço ou do jantar”, afirma ele.
De acordo com os dados da APO, a piscicultura é um campo aberto na região de Criciúma. Ainda neste ano, por exemplo, o município de Urussanga receberá um frigorífico de abate de peixes, o que vai aumentar ainda mais a demanda. O presidente da Nossacasa Feiras e Eventos e organizador da AgroPonte, Willi Backes, conta que a ideia da feira é, sobretudo, evidenciar as potencialidades da região, assim como apontar novos caminhos e boas apostas para os moradores. “Sabemos que o Sul do Estado tem condições para ampliar a produção de peixes, daí o incentivo à prática. Nossa região só tende a crescer neste segmento, e por isso oferecemos o espaço e o respaldo necessários à Associação durante a AgroPonte”, comenta Backes.
A APO integra o Alto Vale do Braço do Norte, e conta com piscicultores dos municípios de Orleans, São Ludgero, Braço do Norte, Grão Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Armazém e São Martinho. Hoje, com relação à produção de peixes no Estado, a região só perde para o Alto Vale do Itajaí. Somente no ano passado a APO registrou o abate de 5 mil toneladas de peixes.
Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação
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