Segurança

PM de Tubarão é indiciado por matar cinco pessoas da mesma família no Rio Grande do Sul

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O policial militar aposentado de Tubarão suspeito de ser o mandante da chacina que vitimou cinco pessoas da mesma família, em Porto Alegre, foi indiciado pela Polícia Civil pelos homicídios. O inquérito do caso foi concluído esta semana e o suspeito segue preso no Rio Grande do Sul desde o início de junho.

De acordo com a delegada Luciana Smith, que investiga o caso, agora cabe ao Judiciário decidir se o PM segue recluso. O PM teria cometido o crime como forma de vingança. Isso porque ele não aceitava a paternidade de Miguel Felipe, de aproximadamente um mês de idade, filho de Luciane Felipe Figueiró, de 34 anos, ambos assassinados.

Testemunhas ouvidas em Tubarão revelaram os supostos planos do PM de executar o próprio filho. Ele teria oferecido R$ 5 mil para que familiares matassem o bebê e a mãe. Na primeira tentativa, ele teria sugerido que colocassem algumas gotinhas de veneno na boca da criança.

Em outra situação, sugeriu que a sufocassem com um travesseiro. Outra ideia foi a de simular um assalto no trajeto da família entre SC e RS. O PM também propôs provocar um acidente no qual a criança morreria. Com estas informações, a polícia chegou a três suspeitos, que chegaram a ser presos nas últimas semanas. Dois deles, um homem e uma mulher, após investigação foram soltos. O outro segue recluso.

Os três presos confessaram que o PM ofereceu dinheiro a eles. Porém, negaram envolvimento no crime. Um dos presos, inclusive, tem curso de tiro e é muito próximo ao policial militar. “Não descartamos que tenham ainda mais pessoas envolvidas neste crime. As investigações prosseguem”, fala a delegada.

Além de Luciane e Miguel, foram mortos também o outro filho de Luciane, João Felipe, cinco anos, a mãe dela, Lurdes Felipe Figueiró, 64 anos, e irmão, Walmyr Felipe Figueiró, 30 anos. Os corpos foram encontrados no dia 2 de junho na casa da família, na Zona Norte de Porto Alegre. Luciane, João Pedro, Lourdes e Walmyr foram executados a tiros. O recém-nascido estava debaixo do corpo da mãe e morreu provavelmente asfixiado.

Com informações do Jornal Notisul