Segurança

PM descobre esquema interestadual de desmanche em Criciúma

Uma Amarok, uma camionete Mitsubishi, uma Elba, um Chevette e 12 motos foram recuperados

Um dos maiores esquemas de desmanche de veículos da região foi desarticulado no início da tarde dessa sexta-feira pela Polícia Militar de Criciúma. Os policiais militares já estavam em alerta desde a noite anterior, após uma camionete Amarok, ser tomada de assalto no Balneário Rincão. As guarnições do setor do Rio Maina e do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT), após denúncias de um possível desmanche e destino da camioneta importada, se deslocaram até o Bairro Laranjinha.

No local, dois homens, que estavam em uma Santana Quantum, foram abordados em atitude suspeita na frente de uma residência. Um deles tinha saído no dia 14 de setembro do Presídio Santa Augusta, onde cumpria pena por tráfico de drogas. No carro, havia algumas peças veiculares soltas, o que aumentou ainda mais a suspeita dos militares.

Em buscas na casa, de propriedade do pai de um dos ocupantes do Santana Quantum, a PM localizou a Amarok roubada quase "depenada", uma camionete Mitsubishi, uma Elba e um Chevette, todos com registros de roubo em Criciúma, 12 motos, além de centenas de peças.

O material foi encaminhado à Central de Plantão Policial (CPP) e até o fechamento desta edição, foram contabilizadas mais de 500 peças. Segundo o soldado Edno Dutra, do PPT, a maioria das peças são oriundas de veículos com registro de furto ou roubo, no Rio Grande do Sul (RS). "Esse foi o maior desmanche de veículos já encontrado na cidade. Era um esquema interestadual", caracteriza o militar.

Revenda de veículos participava de esquema 

Segundo o site Clicatribuna, as buscas se estenderam até a casa de um dos primeiros abordados, no Bairro Vida Nova, onde foi encontrado um Honda City, também tomado de assalto. Os militares obtiveram informações de que peças da Amarok haviam sido negociadas em uma revenda na região do Rio Maina no dia anterior. "Chegamos na revenda e encontramos com o mecânico um papel com o nome de um dos detidos e o telefone.

As peças da Amarok roubada estavam ao lado de outra Amarok, já para ser trocadas. As peças, avalidadas em R$ 20 mil, foram vendidas por R$ 5 mil. O proprietário sabia do esquema. Tanto ele, quanto o mecânico, foram encaminhados à delegacia", relata o soldado Edno, acrescentando que não foram apresentadas as notas fiscais. "Somente o papel com o nome do detido e o número do telefone", ressalta.

A dupla abordada ainda no Bairro Laranjinha, o proprietário da casa pai de um deles, o mecânico e o proprietário da revenda foram autuados peles crimes de sonegação fiscal, receptação, formação de quadrilha e adulteração de veículos. 

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