Segurança

Polícia busca por mãe suspeita de homicídio

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Separada do pai de Carol há cerca de 10 meses, de acordo com a polícia, Carol vivia com a mãe e o meio irmão na casa onde foi encontrada morta. No dia do assassinato, pela manhã, Carol teve ferimentos leves, assim como a mãe e o irmão, após se envolverem em um acidente de trânsito na BR-101.

Informações levadas à DIC após o assassinato dão conta de que a mãe provocou a batida. “Tanto que o carro teve perda total”, antecipa o delegado. “Descaracteriza-se que a criança tenha morrido em decorrência do acidente. Ela foi assassinada”, adverte Rubem. 

Sobre a suspeita de que a mãe seja a possível autora do crime, o delegado antecipa. “Não se pode fazer julgamento antes que tudo seja esclarecido. A mãe ainda não é considerada foragida porque somente ela, quando se apresentar à delegacia, pode dizer o que houve com precisão. Por isso, pedimos que familiares e pessoas que a conheçam e tenham contato acionem a polícia para que ela (mãe) possa esclarecer com a sua versão o que houve. Até então ela não é a culpada”, diz o delegado. 

Conforme Rubem, qualquer informação pode ser repassada para o 197. “Se a mãe teria ou não provocado o acidente ocorrido na manhã do crime, essa hipótese é considerada, pois ela estaria sofrendo de uma depressão. No dia do crime (segunda-feira), quando ela esteve na delegacia, não parecia estar tranquila e nem saudável do ponto de vista emocional”, destaca o delegado.

Relação de mãe e filha era tranquila, diz professora

Com sorriso inocente, carinhosa e alegre. Assim é descrita Carol por pessoas próximas à menina. Uma professora que acompanhou parte do crescimento da menina disse à reportagem do Diário do Sul que nunca presenciou nenhum comportamento estranho da família ou da garota. 

“Tanto o pai quanto a mãe eram superpresentes na rotina da Carol. Tanto que a mãe, na última semana de aula, esteve na escola, conversou com a atual professora da Carol e participou do encerramento letivo”, relembra uma ex-professora da menina, que prefere não ser identificada. 

O pai, de quem a mãe da menina estava separada há cerca de dez meses, também era presente na rotina escolar da filha. “Quando ele vinha buscar Carol na escola, era uma festa. Ela saía pulando de felicidade. Nunca percebemos nenhuma mudança, mesmo após a separação”, conta a professora. 

Silvana, mesmo sofrendo de depressão, seguia em suas atividades normais após o fim do relacionamento com o pai de Carol. Além disso, a informação de que Silvana teria tentado tirar a própria vida após a morte de Carol também não foi confirmada. “Recebemos muitos depoimentos, mas nada que seja esclarecido. Como a mãe sumiu, nenhum exame pode ser realizado”, comenta Rubem. 

O corpo de Carol foi liberado na tarde de terça-feira para o velório e posterior sepultamento ocorrido no cemitério Horto dos Ipês, em Tubarão. O caso causou grande comoção na região. Conforme o delegado que cuida das investigações, o crime é considerado hediondo. “Não havia registro de violência contra a criança ou qualquer outra situação”, ressalta Rubem.

Com informações do Jornal Diário do Sul