Segurança

Polícia Civil conclui inquérito sobre última onda de ataques em SC

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) – Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), concluiu ontem (22), e entregou ao Poder Judiciário, nesta quinta-feira (23), o inquérito policial que investiga a última onda de atentados, que iniciou em 26 de setembro deste ano.  

Oitenta pessoas foram indiciadas no inquérito, presidido pelo delegado Procópio Batista da Silveira Neto. Eles responderão pelo crime de organização criminosa – em alguns casos, qualificada por emprego de menores de idade, uso de arma de fogo, exercer função de liderança e manter contato com facções criminosas diferentes a qual o investigado pertence –, além de associação ao tráfico. O delegado acrescenta que além destes indiciados, já foram identificados mais 15 a 20 adolescentes envolvidos com os atentados.  

“Todos os mandantes deste inquérito policial (IP) foram identificados. Eles já estavam presos ou foram presos”, destaca o delegado Procópio. Ele acrescentou outra informação durante a coletiva nesta tarde: os 80 indiciados já tiveram passagem prisional seja em SC ou outro estado.  

Este inquérito foi instaurado há cerca de um mês. A investigação dos atentados tende a ser mais rápida e eficaz, segundo o delegado Procópio. “As forças de inteligência do Estado já sabem lidar com este tipo de crime, o know-how adquirido pelos agentes de segurança pública, além da rede de criminosos já estar mais identificada do que há 2,5 anos (quando foi a primeira onda de ataques), além da integração das informações tanto pelos operadores de segurança estaduais quanto federais, são alguns aspectos que agilizam na conclusão e identificação dos criminosos”, ressaltou.  

“É um trabalho contínuo. Há outras investigações em andamento”, reforça o delegado. Mas ele acrescenta: “Estes indiciamentos e as prisões deste inquérito e dos outros realizados durante as outras ondas de ataques, geraram uma fragmentação de lideranças. A organização criminosa não é mais coesa como antes, ela recebeu duros golpes, como será mais este”, salienta Procópio.  

Nos outros inquéritos relativos às outras ondas de ataques, cerca de 200 pessoas foram identificadas, mais da metade condenada e muitos ainda estão respondendo ao processo presas.  

Auxiliaram nas investigações todas as divisões da DEIC, as Divisões de Investigação Criminal (DICs) dos 32 municípios onde ocorreram atentados, a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DIPC), as Diretorias de Inteligência dos outros órgãos da segurança pública do estado (SSP, PM, DEAP) e nacional, os Núcleos de Inteligência da Polícia Civil (NINTs) e o grupo de monitoramento contra organizações criminosas – composto por vários órgãos da segurança pública na esfera estadual e nacional.  

Se condenados, cada indiciado pode pegar penas de 10 a 20 anos.