Segurança

Polícia Civil elucida homicídio de comerciante em Forquilhinha

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

Foto: Mayara Cardoso/Clicatribuna

A  Polícia Civil de Forquilhinha concluiu o inquérito policial que apurava o homicídio que vitimou o comerciante Jair João Sironi no dia 17 de novembro de 2014, no Bairro Cidade Alta. Ele foi morto a tiros, na frente de sua casa, durante a manhã, enquanto aguardava sua esposa dentro do seu veículo, o Hyundai HB 20 placas MKX-0753, de Forquilhinha. Vizinhos haviam informado à polícia que haviam ouvido disparos e ruídos de duas motocicletas chegando ao local.
 
De acordo com as conclusões do inquérito finalizado na quarta-feira, o comerciante foi morto por engano. Isso porque os envolvidos acreditavam que Jair teria sido o delator de uma ocorrência poucos dias antes, na qual veículos de propriedade de um deles foram apreendidos pela Polícia Miliar. Conforme apurado, a apreensão em questão foi "mera causalidade".
Conforme o delegado responsável pelas investigações, Leandro da Rocha Loreto, a conclusão do inquérito só foi possível após a reimplantação do setor de investigação da delegacia, que estava fechado no dia do crime, aliada à qualidade técnica dos policiais civis. "A investigação resultou na prisão de três autores e seu êxito foi possível por conta da rápida troca de informações com a DIC de Araranguá, assim como pelo apoio da DIC de Criciúma", informou.
 
Os três homens presos, de acordo com Loreto, têm forte relação com o tráfico de drogas na cidade de Forquilhinha, sendo um deles o chefe do tráfico do Bairro Cidade Alta.
 
Histórico do crime

De acordo com o agente da Polícia Civil Thiago Marcos Ferreira, o crime teria ocorrido em razão de uma ação da Polícia Militar no dia 10 de novembro de 2014. "Segundo consta nos autos, a PM teria extrapolado os limites legais de agir, quando, supostamente, os policias teriam agredido fisicamente os envolvidos, obtendo confissões por meios escusos, e, ainda mais grave, segundo uma testemunha ocular, teriam ateado fogo na casa do traficante, mandante do crime, e isso teria motivado o assassinato", afirma.

Conforme o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Márcio José Cabral, "o trabalho dos policiais militares aconteceu dentro dos ditames legais e as acusações efetuadas pelos marginais não passam de uma tentativa infame de tirar o foco do crime por eles (marginais) praticados".

Com informações do Portal Clicatribuna