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Polícia Federal cumpre mandado em Joaçaba, no Oeste de SC

Foto: Reprodução internet

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Joaçaba, no Oeste de SC, amanheceu com a notícia de que a 22ª fase da Operação Lava Jato chegou ao município. A Polícia Federal divulgou que Joaçaba estava entre os municípios onde estavam sendo cumpridos os 23 mandados judiciais, sendo seis de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.

Durante entrevista coletiva, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba/PR, representantes da Polícia Federal e do Ministério Público disseram que em Joaçaba pessoas relacionadas às empresas investigadas foram procuradas, no entanto, as diligencias não surtiram o efeito esperado.

O juiz federal Sérgio Fernando Moro expediu mandado de busca e apreensão na residência de Ida Teresinha Warken, edifício Pedrini em Joaçaba. Ida é irmã da publicitária Nelci Warken, presa na operação. De acordo com informações, ela foi apenas ouvida pelos agentes da Polícia Federal. Tentamos contato com seu advogado, porém ele não atendeu as chamadas.

Os alvos da operação desta quarta-feira são suspeitos de participar de estratagemas fraudulentos, entre eles simulação de negócios e utilização de pessoas interpostas, visando à ocultação de patrimônio decorrente de crimes. Um elemento comum a vários crimes apurados no âmbito da Operação Lava Jato consiste exatamente na utilização, pelos envolvidos, de empresas offshores e contas no exterior para ocultar e dissimular a propriedade do dinheiro que veio de corrupção.

De acordo com as investigações, há evidências de que diversos agentes envolvidos no esquema criminoso que vitimou a Petrobras usaram os serviços da Mossack Fonseca & Corporate Services para abertura de offshores, posteriormente utilizadas para ocultar e dissimular o produto do crime de corrupção. Empresas offshores são mundialmente reconhecidas como instrumentos para ocultação de propriedade. Embora admitam uso lícito, são utilizadas, com enorme frequência, para propósitos criminosos no contexto de crimes de colarinho branco.

Neste caso, existem indícios de que empreendimento imobiliário, originariamente conduzido pela Bancoop – Cooperativa Habitacional dos Bancários e posteriormente assumido pela OAS Empreendimentos Imobiliários S/A, tenha sido utilizado pela empreiteira para repassar vantagens indevidas a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras.

Um dos apartamentos do empreendimento está registrado em nome da Murray Holdings LCC, offshore cujo agente registrador é a Mossack. As apurações levadas a cabo pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pela Receita Federal indicaram existir fraude na aquisição e administração do patrimônio pela Murray. Além disso, foram colhidas provas de que a representação da Mossack no Brasil contribuiu com a ocultação de atividades criminosas, não só ao fabricar offshores que ocultavam seus reais titulares, mas também pela ocultação e destruição de documentos úteis para investigações criminais.

Com nformações do site Caco Da Rosa