Segurança

Polícia Federal desarticula esquema de sonegação de impostos

Até o momento, já foram identificados cerca de R$ 25 milhões em notas fiscais frias

Uma operação integrada entre a Receita Federal e a Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público Federal, desarticulou um esquema de sonegação de impostos na região Sul do Estado. As investigações da operação, denominada Frigus, tiveram início em 2014 e constataram a existência de quatro empresas fictícias, utilizadas por escritórios de contabilidade, que estavam vendendo ou emprestando notas para a redução de tributos. Até o momento, já foram identificados cerca de R$ 25 milhões em notas fiscais frias.     

De acordo com a investigação, foi constatado que duas empresas, que atuam há bastante tempo em Sombrio, utilizaram essas notas frias para sonegar tributos. Com isso, conforme o Portal Engeplus, conseguiram reduzir, em R$ 8 milhões, os seus tributos.

"Hoje deflagramos uma operação visando buscar provas a respeito deste fato, que já foram suficientemente comprovados. Mas também buscamos responsabilizar outras pessoas nos crimes investigados. Existem suspeitas de outras empresas também estarem sendo utilizadas para a emissão de notas fiscais frias, reduzindo o imposto devido", explica o delegado da Polícia Federal, Nelson Luiz Confortin Napp

Até o momento, foi comprovada a atuação no esquema de dois escritórios de contabilidade, tradicionais, de Sombrio. Sendo que um terceiro escritório, também localizado no município, está sendo investigado.    

"Nosso objetivo é prender as pessoas. Contudo, o ilícito tributário acaba sendo suspenso havendo o pagamento da dívida, e pode não ocorrer em relação às empresas. Mas as pessoas que falsificaram as notas fiscais ou abriram as empresas laranja serão responsabilizadas criminalmente, independente do pagamento do tributo, pelo crime de falsidade documental e sonegação fiscal", informa Napp. 

Nesta terça-feira, a Polícia Federal apreendeu documentos e arquivos digitais. O material apreendido será analisado pela Receita Federal, que realizará o cruzamento de dados na sequência da investigação. "Com a operação de hoje, nós estamos buscando identificar, em parceria com a Polícia Federal, outras empresas de fachadas, que são utilizadas apenas para emitir notas e identificar os beneficiários desta fraude. Possivelmente, serão identificadas outras empresas da região", acredita o auditor da Receita Federal, Rogério Penna.

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