Segurança

Polícia Federal realiza paralisação de 48 horas

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Nesta terça e quarta-feira, os agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF) promovem uma paralisação em todo o Brasil, da qual também fazem parte os integrantes destes cargos na Polícia Federal instalada em Criciúma. Não estão inclusos os delegados e peritos da PF. A categoria reivindica reajuste salarial e cobra pela votação e aprovação de três Propostas de Emenda Constitucional (PECs), as quais alteram de forma direta a atual estrutura da Segurança Pública no país.

Na tarde dessa terça-feira (25), em torno de dez profissionais estiveram mobilizados na praça Nereu Ramos, no Centro de Criciúma. O agente de Polícia Federal Everson Luis Felipe explica que os agentes, escrivães e papiloscopistas não recebem reajuste no salário desde 2007. O Brasil conta com algo em torno de 13 mil policiais federais; destes, cerca de 80% são essas três categorias. Delegados e peritos tiveram reajuste nesses seis anos.

"Houve uma grande mobilização em 2012, quando a greve dos policiais federais durou 72 dias. Nem com isso recebemos uma valorização adequada. Se contar a inflação informada pelo Governo nos últimos seis anos, nosso salário tem uma perda de 43%", salienta Felipe ao site Engeplus.

Sobre as PECs, o agente de Polícia Federal Claudenir Natalino Alves afirma que as três Propostas precisam da aprovação de parlamentares para entrar em vigor. Elas tratam da reestruturação do modelo de Segurança Pública e da carreira da Polícia Federal. Confira abaixo um resumo das reivindicações:

PEC 51 de 2013

– Desmilitarização das polícias no Brasil (polícias com natureza Civil);

– Todas as polícias organizadas em carreira única, como já acontece para as polícias Rodoviária e Ferroviária Federal;

– Estabelecimento da Polícia de Ciclo Completo (todas as polícias sendo responsáveis por todas as tarefas – ostensivas, preventivas, investigativas e de persecução criminal.

PEC 73 ("PEC do FBI") e PEC 361 de 2013

– Integração dos quadros da Polícia Federal em carreira única, de nível superior, para valorizar a formação de cada policial de acordo com a antiguidade e meritocracia dentro de cada área. Esse molde é aplicado pelo FBI, por exemplo. O atual modelo privilegia somente um cargo (delegado) e uma formação (Direito);

– Ambas permitem o reenquadramento de todos os cargos (delegado, perito, agente, escrivão e papiloscopista) à nova realidade, sendo respeitadas antiguidade, formação, conhecimento e experiência adquirida ao longo da carreira.