Segurança

Policial Militar de Criciúma é condenado por tráfico

Foto: PRF/Divulgação/Arquivo

Foto: PRF/Divulgação/Arquivo

Um policial militar de Criciúma que foi preso no mês de março com quase dois quilos de maconha e 500 comprimidos de ecstasy na BR-101, em Tubarão, foi condenado na sexta-feira a uma pena de oito anos de prisão em regime fechado. 

A sentença do juiz Elleston Lissandro Canali, da 1ª Vara Criminal, nega a Renato Teixeira Júnior o direito de recorrer da decisão em liberdade.

Conforme reportagem do jornal Diário do Sul, Filipe Pinter Martins, condutor do veículo onde estava a droga, foi condenado a seis anos de prisão, também em regime fechado. A dupla voltava de São José, na Grande Florianópolis, e foi parada no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Tubarão. Durante a abordagem, os policiais notaram o nervosismo dos dois ocupantes e descobriram a maconha.

Em depoimento após a prisão, os dois acusados relataram que a viagem teve como motivação uma visita ao filho de Renato, que vive em Florianópolis. Eles disseram ter comprado a maconha por acaso enquanto estavam parados com o carro em uma rua próxima de um shopping center de São José. Segundo eles, a maconha foi oferecida por um rapaz desconhecido a um preço acessível, mas não tinham conhecimento do ecstasy, notado apenas no momento da abordagem policial. Os dois alegaram que a maconha seria para consumo próprio e não para fins de tráfico, o que não convenceu a Justiça.

Na sentença, o juiz Elleston Lissandro Canali ressalta que Renato agiu com intensa culpabilidade por ser um policial militar. “De forma altamente censurável, envolveu-se em crime de tráfico, que por dever inerente ao cargo deveria reprimir, inclusive fazendo uso de arma de fogo pessoal, cuja autorização de porte certamente obteve por conta e a partir dos riscos inerentes à sua atividade funcional, relacionada à repressão ao crime”, relatou o magistrado.