Segurança

Prefeito de Lages é preso em Florianópolis

Elizeu Mattos (PMDB) é um dos investigados pela Operação Águas Limpas

Foto: Vani Boza / Agencia RBS

Foto: Vani Boza / Agencia RBS

O prefeito de Lages Elizeu Mattos (PMDB) foi preso preventivamente pelo Grupo de Operações e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Florianópolis nesta sexta-feira.

O prefeito teve a prisão preventiva decretada nesta quinta-feira, quando já estava em Florianópolis, e se apresentou ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC)acompanhado pelo advogado, pouco antes das 9h desta sexta-feira. Em seguida, deixou a Capital, escoltado pelo Gaeco, e foi levado para o 6º Batalhão de Polícia Militar de Lages, onde ficará preso em cela especial.

Mattos foi denunciado pela Procuradoria Geral de Justiça, acusado de recebimento de propina na Operação Águas Limpas, deflagrada pelo Grupo de Operações e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Lages. De acordo com o site Diário Catarinense, foi estabelecido também seuafastamento da prefeitura por seis meses. 

O vice-prefeito Toni Duarte (PPS) assume a Prefeitura de Lages. Toni, ex-vereador, é contador na região serrana.

Outros cinco servidores da prefeitura tiveram afastamento das funções decretados: o chefe de gabinete Volnei Constante, Fabiano Henrique de Souza da auditoria, a diretora de licitações Kátia Hillmann, Fabrício Reichert da Procuradoria e o diretor da Semana Jaison Luiz Mendes Ouriques.

A Operação Águas Limpas apura irregularidades nos serviços prestados pela empresa Viaplan à Secretaria de Meio Ambiente (Semasa). No dia 12 de novembro foram feitas as primeiras prisões dos suspeitos de envolvimento.

O procurador geral de justiça, Lio Marin e a a subprocuradora geral de justiça, Walkyria Danielski, concedem entrevista coletiva nesta tarde para esclarecer os fatos. 

Prefeito já foi condenado por improbidade administrativa

O prefeito de Lages, Elizeu Mattos (PMDB), foi condenado por improbidade administrativa em 2013, relativa ao período em que esteve à frente da secretaria regional de Lages.

O prefeito não perdeu o cargo e os direitos políticos, porque o juiz considerou exagero, apesar de o Ministério Público ter pedido essas penas. A sentença considera ações de2003 e 2004, período de criação das secretarias regionais.