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Primeiro vão toma forma na cabeceira Sul da Ponte de Laguna

A amarração de ferragem dá forma ao primeiro vão do trecho corrente Sul, na ponte sobre o Canal de Laranjeiras, em Laguna (SC). De barra em barra, trabalhadores unem a malha de aço que será o suporte do vão, na segunda etapa de construção das pistas elevadas para unir a BR-101 Sul entre Laguna e Pescaria Brava, sobre a lagoa Santo Antônio dos Anjos. Na mesma frente de obras, o aterro toma conta do traçado antigo da rodovia federal, dando visibilidade ao futuro acesso da estrutura.

A construção deste primeiro vão diferencia ao processo executado sobre a lagoa, onde as 14 aduelas – estruturas de concreto e aço, foram içadas e instaladas, no trecho corrente Norte. Aqui, a construção é feita em um único bloco e, quando a construção chegar a lagoa, o transporte das peças será feito por balsas e a treliça-lançadeira será novamente utilizada.  

Os trabalhos de construção dos três apoios da cabeceira Sul (quatro pilares e uma travessa), na ponte para travessia do Canal de Laranjeiras, estão concluídos. O espaço de obras está localizado próximo ao km 316 da BR-101 Sul catarinense, no limite dos municípios de Laguna e Pescara Brava, segundo trecho em terra da ponte. O primeiro, já com boa parte dos trabalhos concluídos, está localizado em Cabeçuda, Laguna.

A Ponte de Laguna terá 52 vãos e 53 apoios, quando finalizada. Os trabalhos de instalação de aduelas no trecho Norte já foram finalizados. Há trabalhos na construção dos dois mastros estaiados, para instalação de aduelas no estaio e pilares no trecho Sul.

Atenção para desvio no km 316 – Para abrir espaço à construção da cabeceira Sul da ponte, o DNIT redefiniu o trânsito de veículos para desvio provisório, liberado no final do ano passado. Com isso, os motoristas devem atentar para o limite de velocidade, fixado em 60 km/h, para a sinalização provisória de obras, para o reingresso de veículos vindos das comunidades de Laranjeiras e Bananal, bem como a todo a entrada e saída de veículos e trabalhadores envolvidos na obra. O desvio liberado ainda recebe trabalhos complementares no talude escavado.

Toda a frente de obras está sinalizada e identificada, cercada com tapumes e delimitadas com defensas metálicas (guard-rails), evitando a entrada de pessoal não autorizado ou a redução de velocidade para observação dos trabalho. Também é proibido o trânsito de veículos pelo espaço liberado para movimentação dos equipamentos, sobre o antigo traçado de pista. Com a liberação do viaduto de acesso ao Bananal, última obra de arte especial do lote 25, os motoristas devem seguir a sinalização disposta para acesso às comunidades lindeiras a BR-101 Sul, neste segmento.

A construção de cada vão – O processo construção dos primeiros vãos da Ponte de Laguna, em terra, é feita pelo modo convencional, com amarração do aço estrutural e com posterior concretagem. Nos vãos dentro da lagoa, as unidades de aduelas são previamente construídas individualmente, transportadas até o ponto de içamento, içadas, instalas e unidas.

Toda a atividade de içamento inicia no canteiro central do consórcio, no bairro Mato Alto, onde são construídas as unidades a serem transportadas até a frente de obras. A construção das estruturas individuais é feita sobre bases de concreto, em duas etapas, sendo a primeira a laje de fundo e, a segunda, as vigas e laje superior. Para execução das peças são utilizadas ferragens, formas e cimbramentos (estruturas de suporte provisórias) especiais, e concreto, garantindo a geometria e resistência previstas em projeto.

O içamento e instalação das aduelas é feita pela treliça lançadeira, equipamento que mede aproximadamente 131 metros de comprimento, com 12 metros de altura – contanto do tabuleiro (parte superior do pilar) – e cerca de nove metros de largura e 600 toneladas de peso, sendo o maior equipamento em operação no empreendimento. A treliça tem base fixa, atrelada aos pilares, e um guindaste móvel, com capacidade de carga de 1.260 toneladas, que desliza sobre a estrutura, içando as aduelas, sendo capaz de erguer um vão inteiro com 14 aduelas – 48 metros de comprimento –, com peso aproximado de 1.211 toneladas.

Às aduelas, serão acrescidas abas laterais para dar a largura de pistas, que variam de 24 a 26 metros. Depois de içadas, as aduelas recebem aplicação de adesivo estrutural a base de epóxi entre cada unidade. Em cada ligação são instaladas cinco barras de aço carbono prétensionadas, para compressão e cura da cola. Após essa etapa o vão, montado, é protendido (esticado) e as barras são desmontadas para serem reutilizadas no vão seguinte.

Com o trabalho finalizado no trecho corrente Norte, a treliça lançadeira está estacionada entre o apoio 31 e 33. O trabalho de desmontagem e montagem, na cabeceira Sul, será realizado em 90 dias, com o início da instalação das aduelas programado para agosto.

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Dnit-SC

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