Professores da rede estadual de ensino resolveram, ontem, durante assembleia realizada em Florianópolis, não aderir ao movimento de greve que, provavelmente iniciaria hoje em Santa Catarina. “Não estamos mobilizados totalmente e assim não haveria grande adesão. Por isso, decidimos por não fazer a paralisação”, confirma o coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), Luiz Carlos Vieira.
Representantes do magistério estão em estado de greve desde o último dia 18 de fevereiro. A principal reivindicação da categoria é a descompactação da tabela salarial. “Várias ações terão continuidade, seguiremos em visitas às escolas. Esperamos que a cúpula do governo do estado sinalizem uma boa proposta”, aguarda Luiz Carlos.
Segundo o jornal Notisul, o indicativo de greve para os trabalhadores da rede estadual de ensino estava prevista para fevereiro. A proposta de parcelamento do reajuste do piso fez com que os sindicalistas tomassem decisões e juntassem forças para delinear os rumos de, na época, uma possível paralisação que era dada como certa.
MP é retirada de pauta
Diante a mobilização do magistério, que ao final do encontro estadual da categoria se dirigiu para a Assembleia Legislativa, a Medida Provisória (MP) de reajuste, conforme a proposta de parcelamento feita pelos negociadores do governo, foi retirada da pauta. “O governo do Raimundo Colombo (PSD) passou a responsabilidade da aprovação da medida para o legislativo, entretanto, os trabalhadores em educação lotaram as galerias do plenário e o hall de entrada da AL e mostraram toda união para os parlamentares”, ressalta.