Educação

Professores estão proibidos de colar cartazes nas escolas

A categoria parou as atividades, e reivindica ao Estado reajuste do piso salarial e não retirada de direitos

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Os professores da rede Estadual de Ensino de Santa Catarina, que paralisaram as atividades na última terça-feira, dia 24, foram surpreendidos com um documento, enviado pela Secretaria de Educação do estado, que proíbe os profissionais de colarem cartazes em relação à paralisação nas escolas. Além disso, os profissionais também foram avisados de que as faltas injustificadas que foram abonadas, serão descontadas. 

Conforme o gerente regional da educação, Luiz Rodolfo Michels, o documento em relação aos cartazes é uma orientação para os professores. "A escola é um patrimônio público, um local de estudo, e não deve ser utilizado para manifestações. Se a pessoa quer colar na sua casa, no seu carro, pode, mas, nas escolas não", diz. 

Para a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Cintia dos Santos, essas atitudes são ameaças para intimidar a mobilização dos professores. Segundo ela, além desse documento, um ofício foi enviado às instituições, afirmando que faltas injustificadas que foram abonadas seriam descontadas. "Na paralização de 2012 o governo abonou as faltas, e agora estão colocando elas novamente no sistema para descontar dos professores. E aqueles professores que progrediram na carreira e ganharam um percentual a mais, também serão descontados", conta. 

De acordo com Michels, apenas as faltas injustificadas serão descontadas, aquees que realizaram cursos, progrediram, e possuem justificativa podem ficar mais tranquilos. "As faltas injustificadas serão descontadas porque elas não deveriam ter sido abonadas, foi um  trabalho realizado sem a ordem do secretário. Mas, o profissional que justificou suas faltas, não será descontado", explica. 

Os profissionais reivindicam o reajuste salariam de 13% e à não retirada de direitos. Segundo Cintia, a greve deve atingir na segunda-feira, dia 30, uma adesão de aproximadamente 60% das escolas da região. Em Criciúma, conforme ela, somente três escolas estão funcionando, das 22. Para revidar a pressão do Estado, os professores realizam um movimento estadual através de redes sociais, que denominaram de #GreveSemMedo.