Geral

Projeto de aproveitamento de energia a partir de biogás serve de estudo em Braço do Norte

Foto: Fernando Silva/Notisul

Foto: Fernando Silva/Notisul

A busca por sustentabilidade avança em todos os setores. Na agricultura não é diferente. São inúmeros os avanços tecnológicos que facilitam e dão maior qualidade de vida para a população rural. Hoje, os estudos sobre biodigestores avançam. Conforme reportagem do jornal Notisul, em Braço do Norte, a propriedade da família Wiggers é um case de estudo no setor.

O Projeto Tecnologias Sociais para a Gestão da Água (TSGA) é resultado de uma parceria entre Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), Epagri, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ufsc e Petrobrás. O intuito é propor soluções sustentáveis e viáveis para a agricultura.

Na propriedade da família Wiggers, o reaproveitamento dos dejetos de 30 matrizes e dos leitões criados passa por um processo de geração de biogás e energia. Com cinco etapas, o processo começa com os dejetos da granja caindo por uma calha na lagoa de dejetos brutos. Esses dejetos são bombeados para o biodigestor e passam por um ciclo para a produção de biogás.

Dentro do biodigestor, o sólido é separado do líquido e apenas a água sai para uma das bacias de lemnas, plantas que filtram a água e também servem para a alimentação dos suínos, bovinos e peixes. Os sólidos caem em outra bacia de armazenamento, onde são reaproveitados no solo.

O gás captado no biodigestor segue por uma tubulação até um gerador, que serve para produzir energia elétrica. Além disso, o calor do motor permite secar os grãos cultivados na propriedade. Todo o processo de geração de energia utilizada na casa e na granja rende uma economia de cerca de R$ 70,00.

Tecnologia ainda precisa de avanços

O presidente do Núcleo Regional Sul da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Adir Engel, destaca que o reaproveitamento de dejetos ainda não é uma tecnologia inteiramente viável, mas que está no rumo certo. “O que temos de concreto é que a produção de biogás e aproveitamento de dejetos ainda está muito devagar. A tendência é que isso cresça. O suinocultor hoje está muito mais consciente”, destaca Adir.