Segurança

Proprietário de extinta construtora é considerado foragido

Com dez vítimas, o prejuízo gira em torno de R$ 1 milhão

O proprietário de uma extinta construtora, que tinha como sede Içara, acusado de dar um golpe milionário em várias vítimas em toda região, já é considerado foragido pela polícia. O caso veio à tona em agosto desse ano, quando algumas vítimas procuraram o jornal A Tribuna para denunciar o golpe e informar que o acusado tinha deixado a cidade com a família.

Segundo o delegado de Içara, Rafael Iasco, o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil tem dez vítimas e o prejuízo gira em torno de R$ 1 milhão. “Vamos ouvir mais algumas testemunhas e tentar localizar o sujeito, que para nós já é considerado foragido. Irei solicitar a prisão preventiva dele à Justiça e devo concluir o inquérito em torno de 30 dias. Com a fuga da cidade, ele provou o dolo, ou seja, que realmente tem culpa”, afirma a autoridade policial. 

Acusado não deverá ficar recluso

Iasco revela que o proprietário da extinta construtora pode responder por estelionato, o que prevê cinco anos de prisão no máximo. “Porém, tem a questão da continuidade ocorrida nos golpes, que em lei, não pune para cada caso separadamente. Ou seja, ele pode responder esses cinco anos por todos os golpes. Além do mais, em tese, o acusado é réu primário, o que dificulta ainda mais a garantia de que ele ficará realmente preso, recluso”, explica o delegado.

Dez vítimas buscaram a Polícia Civil para ir em frente com o caso, porém estima-se que tenha cerca de 100 vítimas em toda região que entraram diretamente na Justiça, por meio de advogado. Algumas delas informaram que o prejuízo total ultrapassa os R$ 3 milhões.  O golpe ocorreu da seguinte forma: o proprietário da extinta construtora exigia uma quantia de entrada para iniciar as obras, que não foram entregues e algumas nem iniciadas, e sumiu com a família com destino ignorado, após ser ameaçado de morte.

A página do empreendimento foi retirada do Facebook dias depois do caso vir à tona. Já o site da empresa continua no ar. Ontem, a reportagem tentou mais uma vez contato pelo número que o acusado divulgava ser dele, mas o telefone está desligado. A sede que era localizada às margens da rodovia SC-445, no Bairro Vila Nova, foi fechada. As vítimas, não só clientes, mas fornecedores e funcionários, são de Criciúma, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Forquilhinha, Balneário Rincão e de Içara.

Colaboração: Talise Freitas / Clicatribuna