Segurança

Reconstituição do latrocínio da médica aconteceu nesta tarde

Além do viúvo, outra testemunha ajudou na reprodução dos fatos acontecidos no último dia 27 de abril

Aconteceu no início da tarde desta quinta-feira, a reconstituição do crime, que culminou com a morte de Mirella Maccarini Peruchi, de 35 anos. O procedimento realizado pela Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias – IGP, com o auxilio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, reuniu dezenas de curiosos, além de familiares, que se emocionaram ao reviverem os fatos da noite do último dia 27 de abril, na rua Senador Paulo Sarasate, no bairro Michel, em Criciúma.

As testemunhas fundamentais na reconstituição do crime foram o médico Jaime Lin, viúvo de Mirella. Conforme o Portal Engeplus, o proprietário de uma caminhonete, que também foi alvo da dupla acusada de ter assaltado o casal, mas que conseguiu escapar da ação dos marginais, realizada poucos minutos antes do latrocínio, em uma rua paralela, também participou.  

"A reconstituição, que é a reprodução simulada dos fatos, foi realizada para dar mais robustez as provas do inquérito policia. O grande objetivo foi demonstrar que as testemunhas conseguiriam, em razão da distância da ação dos dois, verificar que eles poderiam ser reconhecidos. O maior estava logo atrás do menor, que foi o autor dos disparos, como pôde se perceber. Então, a situação mostrou que as testemunhas poderiam reconhecer com bastante precisão, até porque a rua é clara e eles estavam bem próximos", informa o delegado da Polícia Civil, Ulisses Gabriel.  

Ainda conforme o delegado, a presença da dupla acusada não era necessária na reconstituição. "Vamos fazer a confrontação com o depoimento da dupla. Um deles nega, até por isso não trouxemos ele aqui. O outro é adolescente e está no Casep de Tubarão. Então, entendemos que não era necessária essa situação, pois já existe a confissão por parte dele, e não existe nenhuma situação por exemplo, de legitima defesa, que fosse possível demonstrar uma contradição entre a vítima do roubo e o autor", justifica Gabriel.  

A reconstituição durou pouco mais de uma hora. Durante os trabalhos, o viúvo de Mirella, Jaime Lin, demonstrou estar bastante emocionado em reviver as cenas do crime. Logo após encerrar a sua participação, Lin embarcou no carro e deixou o local sem conversar com a imprensa. "Ele sente muito, é difícil. É uma perda muito grande. Observei que ele estava muito abatido. Lamentavelmente, isso aconteceu e uma vida não pode ser resgatada. Mas o trabalho da policia foi bem executado", comenta Ulisses Gabriel. 

Além do viúvo, um primo de Mirella também ficou bastante comovido com a reconstituição do crime. Vestindo uma camisa branca, com os dizeres 'Somos todos Mirella', Jucinei Ronsani fez um desabafo.

"É uma dor forte demais. A ficha ainda não caiu. A família continua perplexa com o fato. Está todo mundo chocado. É difícil, é um momento que parece um pesadelo. A população está cada vez mais com medo de andar na rua, é preciso que a população se mobilize e reivindique melhores condições aos políticos. A vida dela não volta, mas precisamos lutar para ter uma vida melhor. A prisão dos acusados traz um pouco de paz, até porque com duas pessoas dessas soltas todos correm risco. Mas não basta isso, a pena tem que ser mais rígida, pois daqui a pouco eles podem ser soltos e vitimar mais pessoas", destaca Ronsani. 

No vídeo, o delegado Ulisses Gabriel fala sobre a sequência do caso.  

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