Saúde

Região da Amurel possui 950 soropositivos em tratamento

Foto: Divulgação

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A Aids continua a representar um grave problema de saúde pública mundial e um desafio para profissionais e gestores de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 35 milhões de pessoas vivem com o HIV/Aids no mundo e pouco mais de dois milhões de novas infecções detectadas apenas no ano passado. Hoje é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. O dia é uma referência para o trabalho de prevenção.

Em Tubarão a data será lembrada com a implantação dos testes rápidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e entrega de materiais educativos durante todo o mês. A realização dos testes rápidos nos postos deve iniciar no próximo ano e facilitar o acesso dos usuários no diagnóstico precoce. Nesse teste, a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente pode ocorrer em até 30 minutos.

Em Orleans as unidades de saúde também disponibilizarão de materiais educativos, preservativos e orientarão às pessoas sobre o combate às doenças transmissíveis. A enfermeira da vigilância epidemiológica, Alana Patrício Stols Cruzetta, explica que a meta é sensibilizar a população a realizar o teste rápido de HIV, que pode ser feito nos postos. 

No cenário nacional, os dados de Santa Catarina revelam uma realidade preocupante. São 34.547 casos de Aids acumulados de 1984 a dezembro de 2013 e uma taxa de incidência de 33,5 novos casos por 100 mil habitantes, no ano de 2012, conforme o Ministério da Saúde. Desta maneira, o estado possui a segunda maior taxa de incidência, abaixo apenas do estado do Rio Grande do Sul.

Atendimento na Amurel

O Centro de Atendimento Especializado em Saúde de Tubarão (CAES) é responsável pelo atendimento na região da Amurel, e realiza mais de 900 atendimentos por mês. De acordo com o serviço, a taxa de incidência dos casos varia entre homens e mulheres na faixa etária de 20 a 49 anos, e estima-se que mais de 630 mil pessoas, dentro dessa faixa etária, vivem com Aids no Brasil. Dessas, em torno de 255 mil não sabem da condição sorológica.

Dados estaduais

Conforme o Ministério da Saúde, em 2013, dentre os 20 municípios nacionais com mais de 50 mil habitantes e com as maiores taxas de detecção, nove são municípios catarinenses (Itajaí, Balneário Camboriú, Rio do Sul, Camboriú, Biguaçu, São José, Florianópolis, Criciúma e Palhoça). Com relação às mortes por Aids, os dados apontam para outra grave realidade. Foram 10.034 óbitos, acumulados de 1985 a 2013 com uma taxa de mortalidade de 7,8 óbitos por 100 mil habitantes (Santa Catarina é a terceira pior taxa de mortalidade do Brasil).

Prevenção

As ações de prevenção focadas exclusivamente no uso de preservativos masculinos e femininos não se mostraram suficientes para frear a epidemia no estado. Deste modo, a intensificação das antigas ações e novas intervenções é necessária e requerer esforço contínuo sistemático e compartilhado para conseguir melhores resultados.