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Reunião discute estratégia para retirada de barco encalhado em Laguna

Foto: Marco Bocão

Foto: Marco Bocão

Há 17 anos um barco pesqueiro de nome Corintha-Tramandaí encalhou na praia do Mar Grosso, na localidade dos Molhes da Barra. Desde o acontecimento, surfistas, pescadores, ambientalistas e frequentadores do local têm pedido pela retirada dos destroços. Na tarde dessa quinta-feira (3), uma reunião foi realizada no gabinete do prefeito Everaldo dos Santos, com intuito de definir uma estratégia para a realização da obra. Além do perigo, as ferragens alteraram a correnteza e o banco de areia prejudicando a formação das ondas.

Para a realização da obra serão necessários alguns trâmites legais. De acordo com o prefeito Everaldo dos Santos essa será a primeira de outras reuniões. “Precisamos fazer tudo de forma certa e calculada. Ainda faltam documentações e requisitos da parte da Marinha, da Polícia Ambiental e também do Ministério Público. A próxima reunião será realizada com a Promotoria Federal para que eles possam entrar na ação da retirada do barco”, conta o prefeito. 

Segundo o delegado da capitania dos Portos de Laguna Francisco de Assis, a preocupação da Marinha é grande. “Há oito meses, quando cheguei na cidade, o barco já me preocupava. Para que a obra seja realizada vamos precisar realizar toda a documentação legal. Me proponho a enviar um expediente mostrando o posicionamento e as exigências da Marinha perante a realização da retirada”, afirma. 

Por trazer grandes riscos à natureza, o comandante da Polícia Ambiental Jeffer Fernandes afirma que a lei é positiva à obra. “Não vejo qualquer situação dentro da lei ambiental que não seja positiva à retirada da embarcação. Precisamos realizar a documentação necessária para legalizar o processo dentro do ambiente marítimo”. 

Alguns surfistas já colidiram com a embarcação. “Ela causou o desvio natural do canal, mas a principal questão é a segurança. Banhistas e surfistas precisam tomar cuidado ao passar pelo local. É uma situação de grande risco”, comenta o surfista representante da classe", Ismael Rinaldi.

De acordo com o secretário adjunto do Planejamento Urbano, Peterson Cripa, muitos esperam pela obra. “Atrapalha a pesca, a segurança, o surf entre outras questões ambientais. A retirada do barco traz benefícios para toda a população lagunense”, afirma.

O segundo encontro estratégico será realizado na próxima semana. Também participaram da reunião a vice-prefeita Ivete Scopel, a presidente da Fundação Lagunense do Meio Ambiente, Aline Trichês Savi, o secretário de Educação e Esporte Luis Fernando Schiefler Lopes e os vereadores Andrey Pestana, Eduardo Carneiro e Valdomiro Andrade.