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Salva-vidas de olho no mar e nos veranistas

Rebojo, arrasto, corrente de arrebentação e coroa no mar. Você desconhece estas expressões? É melhor dar uma passadinha no posto salva-vidas mais próximo antes de entrar na água. São expressões usadas para identificar as fortes correntezas. 

Os bombeiros estão de prontidão no Mar Grosso, Praia do Sol, Itapirubá, Praia do Iró e Farol de Santa Marta, com os olhos voltados para o mar e nos banhistas descuidados, que cismam em arriscar a própria vida ao entrar na água.

Nesta quinta-feira, o mar calmo, água morna e o sol escaldante motivaram milhares de veranistas ao refresco das praias de Laguna. Trabalho dobrado para os bombeiros. Enquanto uns na beira da praia passaram orientações aos banhistas outros, ficaram em ponto estratégicos com binóculos, observavam a movimentação. “Nunca é demais dizer que água no umbigo é sinal de perigo”, explica o bombeiro Felipe.

Outra dica é observar a bandeira instalada nos postos e as fixadas na areia, esta indica que no local tem buracos e fortes correntezas. “A água do mar chega a praia em forma de ondas, estas mesmas, retornam para o mar formando corredores. Caso o banhista acabe caindo neste corredor é levado para o alto-mar”, explica o segundo sargento, José Feliciano.

A região da praça do Villa é uma das mais perigosas, onde constantemente, tem formação destas correntezas.

Em dias de sol e praia cheia na alta temporada mais de 100 alertas por dia são dados pelos bombeiros aos banhistas imprudentes na orla do Mar Grosso.

Em Santa Catarina, desde outubro, foram 1,9 mil resgastes de vítimas de arrastamento.

O sargento Feliciano alerta sobre não entrar na água alcoolizado, após refeição e observar as orientações dos bombeiros. Prestar atenção nas marés também faz parte, pois o mar é diferente pela manhã e a tarde. Por volta das 11h, o mar costuma encher, ás 14h, a maré recua, voltando a encher por volta das 20h.

Se você tentar nadar contra as ondas, pode se afogar, mas se seguir lateralmente ou diagonalmente à corrente marítima, com 10 a 15 braçadas já consegue escapar.

A chuva representa outro perigo para os banhistas. Além dos raios, ela pode fazer com que a maré suba ou fique mais violenta, aumentando muito a chance de afogamentos ou acidentes. Em caso de chuva, saia do mar imediatamente. Não importa se for garoa, chuva moderada ou temporal – todas elas aumentam o risco, pois a água atrai descargas elétricas.

Para não afundar, os especialistas recomendam encher o pulmão de ar e respirar mais devagar, não de forma ofegante. Se uma garrafa estiver aberta e vazia, por exemplo, entrará água e ela vai afundar. Mas, se estiver cheia de ar e fechada, boiará. A mesma coisa acontece com os nossos pulmões.

Quem for socorrer uma vítima de afogamento deve retirar a pessoa pelas axilas, pois, caso a segure pelo abdômen, pode apertar o estômago, provocar vômito e até asfixia.

Além disso, é importante lembrar o número de telefone de emergência: 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu) ou 193 (Bombeiros). Se a vítima ainda estiver na água, prefira os Bombeiros e avise na ligação que se trata de um resgate.

Fique ligado nas bandeiras:

– Vermelha: risco elevado de afogamentos

– Amarela: risco médio de afogamentos

– Verde: risco baixo de afogamentos