Saúde

Samu pode entrar em greve nos próximos dias

Foto: Divulgação

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O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde) realizará nesta quinta-feira uma assembleia para discutir as convenções coletivas que não estão sendo cumpridas com os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Conforme o presidente do Sindisaúde, Cléber Cândido, desde que o sistema foi implantado na região da Amrec e Amesc, em 2012, o estabelecido entre o Governo do Estado e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), empresa terceirizada responsável pelos serviços do Samu, não está sendo cumprido.

“Os trabalhadores perdem aproximadamente 15% por mês de seus salários, pois o que é pago está defasado. Se somar esta porcentagem, que vem acumulando desde 2012, um alto valor já foi perdido. Queremos mudar isso e nessa assembleia vamos definir qual o próximo passo”, diz o presidente.

Segundo o site Engeplus, a possibilidade de uma paralisação não foi descartada por Cândido. “Se for necessário vamos fazer uma greve, mas isso tudo vamos decidir nesta assembleia. O que não pode continuar é essa falta de comprometimento com as convenções coletivas dos trabalhadores”, afirma.

No total, são 70 trabalhadores da região que podem parar as atividades. Mas o problema com o repasse é em todo o Estado. Cândido ressalta que, se houver greve, isto pode prejudicar o atendimento de emergências na região. “Sem dúvida que uma paralisação afeta as ocorrências de urgências atendidas pelo Samu. Por isso o que queremos são nossos direitos e uma negociação passiva”.

Por outro lado, conforme a diretora responsável pelo Samu de Santa Catarina, Fernanda Lance, a SPDM tentou um acordo com os 11 sindicatos do Estado há mais de um ano, porém, um deles não aceitou o acordo. “Na época, estávamos com os documentos prontos para eles assinarem. Mas um desistiu. Por isso, a partir de agora, vamos acordar as convenções com cada sindicato de forma individual”, diz.

A diretora ainda ressalta os reajustes salariais são realizados anualmente. “De 2013 para 2014 houve um aumento de 12% no salário dos trabalhadores, sendo que os sindicatos previam apenas 8,58%, ou seja, repassamos a mais”, afirma a diretora.