A rodovia SC-390, nos últimos meses, tem sido alvo de reclamações frequentes. Seu estado de conservação assusta os motoristas que trafegam diariamente pelo trecho que liga a cidade de Orleans a Lauro Müller, cidade em que se localiza a Serra do Rio do Rastro e frequentemente recebe turistas do mundo todo.
Buracos de todos os tamanhos e formas se multiplicam devido às condições climáticas e, sobretudo pela falta de manutenção da pavimentação. Há mais de 30 anos a rodovia não recebe uma revitalização total do asfalto.
Os motoristas, acostumados com a situação da rodovia, ousam afirmar que o trecho parece uma pista de corrida com obstáculos a serem desviados, onde vence quem chega ao seu destino com o veículo ileso, ou melhor, menos danificado.
Trafegando pelo trecho é possível observar pedaços de calotas no decorrer do trajeto, reflexos de pneus estourados por cairem nas crateras existentes na via. O transtorno vai além de uma troca de pneu ou atraso para chegar ao local desejado, o motorista também sente no bolso as consequências provovadas pelo descaso do poder público.
O vereador de Orleans, Mário Coan, lamenta e afirma a necessidade de buscar uma solução para esta situação lastimável. “Eu presenciei um viajante próximo da empresa onde trabalho, trocando o pneu do carro que estourou devido a um enorme buraco no meio da pista. Precisamos unir nossas forças políticas, a população deve se mobilizar e juntos devemos lutar por nossos direitos. Se for necessário podemos até bloquear a SC-390”, ressaltou Mário, destacando que o trecho referido fica próximo a empresa Copozan, na saída para Lauro Müller.
O Sargento Alair, da Polícia Militar Rodoviária de Guatá, salienta que o cuidado deve ser redobrado durante a viagem pela rodovia. “A situação da nossa rodovia é lamentável. Os motoristas devem atentar-se aos buracos e em caso de ter que usar a pista contrária, tomar cuidado na aproximação de outros veículos. É comum ver este comportamento entre os condutores. À noite esse trecho fica ainda mais perigoso devido à visibilidade prejudicada, muitas vezes pela presença de neblina”, afirma o sargento.
A única medida paliativa nesse momento é a operação tapa-buracos realizada pela Secretara de Desenvolvimento Regional – SDR, de Criciúma. Porém, o Sargento declara que não há previsão de restauração do pavimento. “Entramos em contato com o pessoal responsável, mas até agora nenhuma medida foi tomada pela empresa. O que nos resta é fiscalizar e orientar os motoristas que utilizam a rodovia” finaliza Alair.
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