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Secretaria da Agricultura comemora Dia do Colono e Dia do Agricultor

Foto: Divulgação

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Quando o assunto é agronegócio, Santa Catarina é um pequeno gigante. Com apenas 1,2% do território brasileiro, o estado é o primeiro produtor nacional de cebola, maçã, suínos e pescado; e o segundo maior produtor de arroz, aves e tabaco. Santa Catarina conta com 195 mil propriedades rurais, das quais 90% possuem menos de 50 hectares, o que prova que a agricultura familiar não é sinônimo de agricultura pobre. Hoje, as cadeias produtivas do agronegócio respondem por 29% do Produto Interno Bruno (PIB) do estado.  E neste mês de julho, quando são comemorados o dia do colono (dia 25) e o dia do agricultor (dia 28), a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca gostaria de enaltecer e parabenizar a todos os produtores rurais catarinenses.

Nos últimos anos, Santa Catarina passou por uma mudança: se até 1950, 77% da população vivia no meio rural e produzia sua própria comida, hoje apenas 16% da população é rural e 84% das pessoas vivem nas cidades. Na prática, o estado possui menos gente produzindo comida para alimentar mais pessoas. E segundo o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, isso é um desafio e também uma oportunidade para os agricultores catarinenses.

“Dados da Organização para o Desenvolvimento Econômico mostram que, até 2020, o consumo de alimentos no mundo irá aumentar em 20%. E mundo espera que o Brasil seja um celeiro de alimentos, responsável por 40% da produção de comida. O Brasil é candidato a ser uma potência agropecuária do mundo, porque nós temos terra, água e temos sol para que haja a fotossíntese o ano todo”, ressalta Spies.

E para que esses agricultores possam atender a demanda dos mercados é necessário que façam de suas pequenas propriedades, negócios rentáveis.  A agricultura deve se dedicar a atividades de alta densidade econômica, gerando muita riqueza em pequenas áreas. “Para ser competitiva a agricultura familiar deve produzir produtos de qualidade, com custos competitivos, uma logística que permita atender ao consumidor, a organização da cadeia produtiva e que atenda as exigências legais”, destaca o secretário Spies.

Spies lembra que o agricultor deve investir em gestão da propriedade e diversificação como instrumentos para atingir o sucesso e diminuir os riscos climáticos, de mercado e sanidade, além de ser uma forma de utilizar melhor os recursos da propriedade e diminuir a penosidade do trabalho. “Temos que aproveitar da melhor forma possível a combinação das atividades para gerar o máximo de resultados, temperado com uma boa dose de gestão”.

O secretário fala ainda que muitas vezes acontece o equívoco de classificar agricultura familiar e agronegócio como se fossem coisas distintas, quando na verdade o agronegócio é formado por toda produção agropecuária do país e isso inclui a agricultura familiar. “A agricultura familiar merece esse respeito, essa consideração, por tudo o que ela faz pela economia do agronegócio brasileiro. O que existe é agricultura familiar e a agricultura patronal, e são as duas que formam o agronegócio brasileiro”.

Para Airton Spies, no futuro as pessoas que viverem nas cidades irão invejar os agricultores. “As pessoas que vivem no campo moram em lugares agradáveis, trabalharão com tecnologia e terão renda”. De acordo com o secretário, em Santa Catarina, menos nos menores municípios, é possível observar que os agricultores geram riqueza e renda e que vivem bem. “Quando não somos o maior, e Santa Catarina não é o maior estado brasileiro, precisamos ser o melhor. E os agricultores catarinenses estão mostrando que não é o tamanho da propriedade que define o tamanho do negócio da propriedade, é o que a gente produz e como produzimos. Parabéns a todos os agricultores e agricultoras catarinenses que produzem o alimento que consumimos e movimentam a economia do estado”.

O ano de 2014 foi eleito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (ONU) como o ano internacional da agricultura familiar, já que em muitas regiões, os pequenos agricultores serão os principais produtores de alimentos. Segundo a própria ONU, o ano internacional da agricultura familiar será uma oportunidade de realçar o papel estratégico desse setor no desenvolvimento agrícola e rural.  No Brasil são 5,4 milhões de propriedades rurais, sendo que 4,3 milhões são classificados como agricultura familiar. São esses pequenos agricultores que respondem pela produção de aproximadamente 70% dos alimentos da cesta básica brasileira.

Por fim, a Secretaria da Agricultura homenageia também os motoristas que comemoram nesta sexta-feira (25) o Dia do Motorista. “São eles os responsáveis por levar nossa produção para os outros estados e por trazer insumos para as atividades agrícolas de Santa Catarina. A agricultura é responsável por produzir alimentos e os motoristas são os responsáveis por fazer esse alimento chegar à mesa da população”, ressalta Spies.

Colaboração: Ana Ceron