Segurança

Sequestrador já atuou em Tubarão e Capivari de Baixo

Foto: Reprodução Jornal Diário do Sul

Foto: Reprodução Jornal Diário do Sul

O caso do sequestro do menino Ângelo Antônio, de nove anos, em Ilhota, no Vale do Itajaí, gerou grande repercussão pelo Estado. Ele foi libertado na terça-feira do cativeiro no qual ficou por cinco dias. Conforme reportagem do jornal Diário do Sul, o mentor do crime é Peterson da Silva Machado, 30 anos. O homem, segundo a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, já foi indiciado na Cidade Azul e Capivari de Baixo por crimes como assalto a ônibus, estabelecimentos comerciais e outros. 

De acordo com a polícia tubaronense, Peterson, assim como informou o delegado da Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Anselmo Cruz, é violento e seria capaz de matar alguém. “Ele usa extrema violência em seus crimes. Sempre armado em suas abordagens, como o fez quando agiu em Tubarão e Capivari de Baixo”, afirma um policial.

Ainda segundo o delegado Anselmo, Peterson tinha várias passagens por assalto, sendo que respondia a pelo menos sete inquéritos e era foragido de Criciúma. “Ele tinha quatro mandados de prisão em aberto. Em Tubarão e região ele teria agido em assaltos no ano de 2008”, fala um policial tubaronense. 

Quando se mudou para Indaial, cidade vizinha de Ilhota, de onde o garoto de nove anos foi sequestrado, Peterson teria assumido um nome falso, já que era foragido. Lá, ele mudou seu nome para Pretorson e sua naturalidade para Minas Gerais. “Ele é extremamente articulador e perigoso”, completa um policial de Tubarão.

Relembre o caso

Ângelo Antônio, nove anos, foi sequestrado há uma semana e libertado na última terça-feira. Peterson e Rosicleide, comparsa dele, são os acusados pelo crime, presos no mesmo dia. O casal, junto com outro que morreu no confronto com a polícia no resgate do menino, pedia R$ 500 mil para liberar o garoto.

Peterson planejou crime acompanhando o Facebook

Apontado como mentor do sequestro de Ângelo, de nove anos, Peterson teria afirmado à polícia que acompanhou a rotina da família, bem como o Facebook. Na rede social, ele disse que descobriu onde o menino estudava. O acusado também falou que teria planejado o crime acompanhando a rede social e que teria levado 10 dias para isso, sendo que três permaneceu em Ilhota, monitorando a família.

Diante da situação, o delegado coordenador da Central de Plantão Policial (CPP) de Tubarão, André Bermudez, analisa que todo cuidado com o que se posta nas redes sociais é pouco. “A primeira coisa a ser observada é nas configurações nesta rede social em específico. Os dados pessoais e tudo o que se posta deve ser apenas deixado aberto para os amigos. A visualização não deve ser livre”, adverte o delegado. 

Outras situações que devem ser analisadas, segundo o delegado, são quanto ao que se posta nas redes sociais. “Não se exponha. Não coloque fotos dos filhos que identifiquem onde estão ou até mesmo onde estudam. Ninguém precisa saber que carro você está usando agora ou onde você está viajando, por exemplo. Isso dá margem para que os criminosos saibam de seus passos”, destaca André. 

Já no caso da criação de um perfil na internet para as crianças e adolescentes, o delegado pede aos pais que tenham atenção ao que é postado. “Converse com seus filhos, explique. Não os proíba, mas monitore. Saibam com quem estão falando e o que estão fazendo na internet. Todo cuidado é pouco”, completa o delegado.