Saúde

Serviços ambulatoriais e eletivos podem ser suspensos no Hospital São José

Foto: Divulgação

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É preocupante a situação do Hospital São José, de Criciúma. O não repasse dos excedentes para a instituição pelo Serviço Único de Saúde (SUS) pode comprometer o atendimento ao público nesta quinta-feira, dia 18. Os excedentes não pagos regularmente, que são destinados ao custeio das despesas do hospital, somam R$ 21 milhões.

Além disso, o SUS também não repassou o valor de R$ 3,5 milhões no mês de novembro. Conforme o site Engeplus, este repasse é mensal e sem o depósito do mês 11, a instituição não possui verba para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário dos funcionários e dos honorários médicos.

Segundo o assessor da direção do São José e secretário da Federação das Santas Casas de Santa Catarina, Altamiro Bittencourt, o prazo para o depósito do valor seria até o dia 10 de dezembro, no entanto, se passarram sete dias e essa quantia ainda não foi depositada.

“Em 2010, foi realizado a contratualização do hospital e firmado o repasse de R$ 3,5 milhões mensais pelo SUS ao São José. De lá para cá, após quatro anos, não houve mais nenhum reajuste neste repasse e em contrapartida tivemos o aumento da energia, da gasolina e dos salários dos funcionários, por exemplo. Essa reivindicação aconteceria em janeiro do próximo ano, no entanto, antecipamos essa discussão por causa do não repasse da verba em novembro. Este é o nosso maior problema”, frisa Bittencourt.

Serviços comprometidos – Com a situação financeira da instituição comprometida, alguns serviços prestados pelo São José serão suspensos, caso o depósito não seja efetuado nesta quarta-feira, dia 17. Segundo o assessor da direção, serão cancelados os serviços ambulatórias e as cirurgias eletivas (não emergenciais). “O hospital atente uma média de 15 mil pacientes por mês, sendo que 60% dos serviços não são urgências. No pronto-socorro, por exemplo, deixariam de ser atendidos, em média, 300 pessoas por dia”, calcula.

Entre alguns dos procedimentos ambulatoriais que passariam a não ser desempenhados estão: exames de raio x, tomografias, ressonâncias magnéticas e algumas consultas ortopédicas. As consultas já agendadas não sofrerão alterações, caso a paralisação se confirme. Os trabalhos no setor de oncologia também permanecerão normais.

Cenário nacional – Bittencourt ressalta que este cenário não é apenas local e sim nacional. Algumas instituições definiram por paralisação e até o fechamento do pronto-socorro. Nenhuma medida mais severa foi pensada pela direção do Hospital São José até o momento.