Saúde

Sete larvas são encontradas em Capivari de Baixo

Foto: Divulgação

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O primeiro foco deste ano, em Capivari de Baixo, do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, foi encontrado ontem em um terreno de uma empresa no bairro Caçador. A coleta foi realizada em uma armadilha, onde foram descobertas sete larvas positivas.

Conforme a agente de saúde Tatiana Pereira Farias, todos os procedimentos são tomados na localidade, como uma varredura em um raio de 300 metros do local, que fica nas proximidades da Escola Básica General Osvaldo Pinto da Veiga. 

“Hoje (ontem) iniciamos este trabalho e vamos em todas as residências naquela região. Caso outras larvas sejam encontradas, expandimos esta cobertura sempre com esta distância do lugar afetado”, explica a agente de saúde.

Tatiana faz um alerta aos moradores para que não entrem em pânico. “Não há o registro de doenças na cidade, encontramos um foco. O que solicitamos a cada cidadão é que faça a sua parte. Que evite todo o tipo de acúmulo de água, pois isso dificultará a proliferação do mosquito e tomem todas as atitudes de prevenção que não são desconhecidas da população”, destaca.

Dia “D” de mobilização é promovido

Em atendimento aos governos federal e estadual, São Ludgero realizará no próximo sábado o dia “D” de mobilização contra o mosquito. O trabalho mobilizará a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde e voluntários das 7h30min às 12 horas.

Segundo o site Notisul, haverá distribuição de cartilhas e folders com informações sobre a prevenção. O fiscal da Vigilância Sanitária, Gilson Martins, reforça que o trabalho de campo é intenso. “São 60 armadilhas instaladas na cidade e nove em pontos estratégicos”.

A coordenadora das unidades de saúde, enfermeira Madalena Beltrame, lembra que uma das novidades em relação ao trabalho de combate é a realização de um cadastro das famílias. “Este ano, as agentes comunitárias farão as visitas e, se observarem situações propícias a criadouros, repassarão as informações e a Vigilância Sanitária entrará em ação de imediato”, explica. 

“O problema não será resolvido só com a ação do poder público. É preciso que a população participe. Entendemos a gravidade do problema e não desejamos que ninguém seja vítima de uma das três doenças”, observa a secretária de saúde, Nilva Schlickmann Pickler.

Os números

Atualmente, em São Ludgero, existem quatro focos que recebem atenção da Vigilância Sanitária. Três focos foram detectados em armadilhas e um em terreno baldio. Os focos estão localizados nos bairros Acácias, Madre Tereza e Km 2. A equipe da Vigilância Sanitária está visitando todas as residências e estabelecimentos em um raio de 300 metros dos focos, fazendo as vistorias e repassando informações às famílias. Este trabalho permanece durante um ano.

Focos neste ano na região

O primeiro foco em Tubarão e na região neste ano do mosquito foi encontrado no dia 28 do mês passado pela equipe do Programa de Combate a Endemias em uma armadilha no bairro Vila Esperança. No local foram localizadas cinco larvas. O segundo foco foi descoberto um dia depois no bairro Conde D’eu, em Orleans.

Focos em 2015

• A equipe de endemias registrou em Tubarão no ano passado um total de oito focos do mosquito Aedes aegypti nos meses de janeiro, março, abril, maio, agosto e em dezembro. As larvas foram encontradas em armadilhas nos bairros Morrotes, Revoredo, Dehon e Vila Esperança.   

• 22 de fevereiro – Braço do Norte registra o primeiro foco nos bairros Trevo, Coloninha e Centro. 

• 1º de março – Imbituba registra um foco na Lagoa do Quintino, no bairro Alto Arroio. 

• 9 de abril – Braço do Norte confirma cinco larvas em uma armadilha no bairro Nossa Senhora de Fátima.

• 21 de julho – Dez larvas do mosquito foram encontradas em uma única armadilha no bairro Esperança, em Laguna.

Você sabia?

– Que eliminar os criadouros potenciais do mosquito é a principal medida contra as três doenças;

– É importante permitir e acompanhar a visita do agente de saúde em sua residência ou estabelecimento;

– Cada fêmea coloca mais de 100 ovos por vez;

– Que os ovos podem durar um ano e meio fora da água;

– Que só as fêmeas picam as pessoas. Elas precisam de sangue para amadurecer os ovos.

Aplicativo permitirá combater o mosquito

Em uma iniciativa inédita no Brasil, um aplicativo de celular “Dengue SC” foi lançado como forma de combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre de chikungunya. Hoje, quase 30 municípios estão infestados pelo mosquito no estado. 

O app interativo permite que a população denuncie possíveis criadouros aos órgãos de controle por meio de fotos e localização por geoprocessamento. Para o governo estadual, é uma inovação, um avanço que certamente será copiado no Brasil e, com a colaboração das pessoas, o aplicativo vai aumentar a eficiência. 

Para utilizá-lo é simples. A pessoa passa na rua, identifica o lugar, fotografa e, quando manda a denúncia, a equipe já vai ao local certo para fazer a verificação.  O aplicativo desenvolvido pelo Centro de Inovação e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) é gratuito e está disponível para download na loja Google Play (sistema Android). A partir desta semana, também estará na App Store (sistema iOS – iPhone). “Conseguimos desenvolvê-lo em um mês, sem custos ao estado.  É uma contribuição à campanha de mobilização”, enfatizou o presidente do Ciasc, Roberto Amaral.

Como funciona

O usuário informa o local do foco com um clique no mapa ou pelo endereço, fornece dados para contato e faz observações. O envio de foto é opcional, mas a imagem facilita a localização do criadouro para os agentes de combate às endemias.

O aplicativo envia a informação para o poder público. Quando a solicitação é encaminhada para averiguação, após ser confirmada, o cidadão recebe uma notificação pelo smartphone. 

O aplicativo traz informações sobre as formas de combater o Aedes aegypti e as doenças causadas pelo mosquito. Além disso, permite consultar os contatos da Vigilância Epidemiológica ou das

Salas de Situação municipais.

A prefeitura da cidade indicada na denúncia terá acesso às ocorrências feitas pelos cidadãos por meio de uma ferramenta web. Ela possibilita o acompanhamento das solicitações e o andamento.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina – Dive/SC também tem acesso aos registros. Os órgãos públicos envolvidos podem, ainda, acessar mapas de registros e mapas de calor.