Sem Categoria

Sete são presos em SC por suspeita de desviar verba de projetos culturais e esportivos via ONGs

Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quinta(13) em Florianópolis, Biguaçu e São José.

Sete são presos em SC por suspeita de desviar verba de projetos culturais e esportivos via ONGs

Foto: Polícia Civil / Divulgação

Sete pessoas foram presas temporariamente e 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (13), em Florianópolis, Biguaçu e São José, na Grande Florianópolis, durante a Operação Atoleiro. Segundo a Polícia Civil, dinheiro público que deveria ser usado em projetos culturais e esportivos era desviado em ONGs falsas.

O valor estimado do desvio é R$ 570 mil. A operação deflagrada nesta quinta-feira (13) por meio da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio Público – Diretoria Estadual de Investigações Criminais – DCCPP/Deic é um desdobramento da Operação Bola Murcha, feita em junho de 2016.

De acordo com a Polícia Civil são investigados os repasses efetuados a seis organizações não governamentais. Elas teriam sido “criadas exclusivamente para encaminhar projetos à SEITEC, Fundesporte e Assembleia Legislativa”. Ainda segundo a polícia, a organização criminosa “cooptava laranjas para figurar como integrantes das associações, na maioria pessoas simples e até semianalfabetas”.

Conforme o delegado Marcus Vinicius Fraile, titular da DCCPP/DEIC, eram emitidas notas fiscais falsas e declarações para justificar eventos que nunca ocorreram. “Após o recebimentos dos recursos, eles tinham que prestar contas do evento. Mas nenhum dos eventos foi realizado”, completou.

Presos

Entre os presos estão dois empresários, um contador e quatro representantes de falsas associações da grande Florianópolis. No entanto, quatros suspeitos apontados pela polícia estão soltos, entre eles o ex-deputado Gilmar Knaesel.

Segundo a Polícia Civil, a investigação aponta que ele teria chefiado a associação criminosa quando era Secretário de Turismo do Estado. Os R$ 570 mil teriam sido desviados dos cofres públicos entre 2008 e 2010, segundo a polícia. Segundo a investigação, O assessor do ex-secretário e mais duas pessoas seriam os responsáveis para falsificar documentos. O contador preso seria o responsável por conseguir as notas fiscais falsas.

“O contador aliciava seus clientes que emitiam notas fiscais sem a devida comercialização dos produtos. Um desses clientes, que também teve a prisão decretada, emitiu aproximadamente R$ 100 mil em notas fiscais frias por ter vendido materiais esportivos (bolas, uniformes, e etc)”, informou a polícia.

Bens apreendidos

Knaesel e um assessor direto não foram presos, mas tiveram dois carros e sete imóveis sequestrados. Mesmo em liberdade, podem responder em cinco inquéritos. “Ele era o mentor, não tenha dúvida, ele e o assessor dele. Eu pedi a preventiva e a Justiça entendeu que não havia requisitos”, diz o delegado Fraile.

O advogado do Gilmar Knaesel, Marlon Bertol, informou que ficou sabendo que a operação tinha relação com a Bola Murcha pela imprensa e que ainda não teve acesso aos autos. O advogado disse ainda que está curioso para saber o que foi encontrado sobre o cliente dele, já que na operação Bola Murcha não ficou provado nada contra Knaesel.

Os suspeitos podem responder por crimes como associação criminosa, corrupção e peculato. A polícia não confirmou para onde foram desviados os R$ 570 mil que deveriam financiar os eventos públicos, nunca realizados, mas informou que os bens sequestrados são suficientes para ressarcir os cofres públicos.

Com informações do site G1 SC

Notícias Relacionadas

Ciclista morre após ser atropelado na SC-285, em Araranguá

DIC de Criciúma apreende 1,5 kg de maconha e munição de calibre restrito

Revólver, munições e droga são encontrados durante blitz realizada pela PMRv de Içara

Polícia Civil cumpre mandados contra suspeitos de latrocínio em Sombrio