Trânsito

Sinalização horizontal da BR-101 passa por mudanças

Foto: Muriel Ricardo Albonico

Foto: Muriel Ricardo Albonico

Com a duplicação de pistas na BR-101 Sul catarinense, a sinalização horizontal antiga foi totalmente redefinida para abrigar o trânsito de veículos e pedestres. As cores das faixas mudaram, novas pinturas foram instaladas para indicação de viadutos ou vias laterais, pedestres receberem espaço delimitado por faixas, para travessia segura, tudo seguindo as orientações do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, de 2007. O manual padroniza a instalação de sinalização em todas as rodovias e vias nacionais, garantindo o entendimento dos sinais em qualquer situação.

Segundo o manual, produzido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a sinalização horizontal tem a finalidade de transmitir e orientar sobre as condições de utilização adequada da via, englobando as proibições, restrições e informações que permitam adotar comportamento adequado, aumentando a segurança e ordenando os fluxos de tráfego. Em algumas situações, a sinalização horizontal atua como controladora de fluxos. Pode ser empregada como reforço da sinalização vertical, bem como ser complementada com dispositivos auxiliares. O exemplo disso são os “zebrados”, faixas anteriores e posteriores aos acessos a vias laterais, áreas de retorno em nível ou viadutos.

Assim como a sinalização vertical (placas, painéis ou pórticos), a sinalização horizontal segue padrões definidos para cada tipo de via, seja ela de trânsito local ou de médio ou longo curso (rodovias). É comum a visualização de linhas contínuas ou tracejadas sobre a via, duplas ou simples, e, para cada tipo de circulação, segue um tipo de linha. Há ainda setas, símbolos e legendas, informações representadas em forma de desenho ou inscritas, aplicadas no pavimento, que indicam uma situação ou complementando a sinalização vertical existente.

Pelo manual do Contran, a sinalização horizontal é classificada em marcas longitudinais (no centro de pista), que separam e ordenam as correntes de tráfego, as marcas transversais (como as barras antes do sinal “Pare”, pintadas em vias laterais), ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e disciplinam os deslocamentos de pedestres. Há ainda as marcas de canalização, que orientam os fluxos de tráfego em uma via, a marcas de delimitação e controle de parada e/ou estacionamento e as inscrições no pavimento, usadas para melhorar a percepção do condutor quanto as características de utilização da via.

Cada cor indica um tipo de tráfego. As marcas longitudinais amarelas, contínuas simples ou duplas separam os movimentos veiculares de fluxos opostos e regulamentam a proibição de ultrapassagem e os deslocamentos laterais, exceto para acesso a imóvel lindeiro. As marcas longitudinais amarelas, simples ou duplas seccionadas ou tracejadas, não têm poder de regulamentação, apenas ordenam os movimentos veiculares de sentidos opostos; as brancas contínuas são utilizadas para delimitar a pista (linha de bordo) e para separar faixas de trânsito de fluxos de mesmo sentido. Neste caso, têm poder de regulamentação de proibição de ultrapassagem e transposição. Esse tipo de sinalização está em vigor na duplicação da BR-101 Sul, nos bordos de pistas e vias laterais.

As marcas longitudinais brancas, seccionadas ou tracejadas, não têm poder de regulamentação, apenas ordenam os movimentos veiculares de mesmo sentido. Com a duplicação concluídas, a pista simples da BR-101, com faixa central amarela, deu lugar a pistas duplas, com duas faixas de rolagem cada. No centro de cada pista há faixa seccionada de cor branca. Em vias laterais de sentido único há faixas brancas. Em aglomerados urbanos com circulação constante de tráfego local, as vias laterais têm duplo sentido de movimentação e, por isso, a faixa amarela, tracejada ou contínua é instalada.

Como o manual prevê as formas da sinalização horizontal, há também padronização por cores. As faixas amarelas, tracejadas ou contínuas, são utilizadas para separar movimentos veiculares de fluxos opostos, regulamentar ultrapassagem e deslocamento lateral, delimitar espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e demarcar obstáculos transversais à pista (lombada). A faixa branca serve de indicativo para separação de movimentos veiculares de mesmo sentido, delimitar áreas de circulação e trechos de pistas, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos em condições especiais, regulamenta faixas de travessias de pedestres, linha de transposição, ultrapassagem, retenção e linha de “Dê a preferência”.

Sinalização

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vem reforçando a sinalização definitiva já instalada na BR-101 Sul catarinense. 300 novas placas, painéis, semipórticos e pórticos para sinalização vertical indicativa de regulamentação (limite de velocidade, parada, preferência, limite de carga), advertência (entroncamentos, cruzamentos) e de indicação (quilometragem, aproximação de bairros e municípios) fora, instaladas entre o km 300, em Laguna até o km 387, em Içara, em trechos duplicados, acrescendo novos elementos a sinalização vertical definitiva da rodovia. Agora, a autarquia reforça a sinalização horizontal, iniciando pelo lote 25 (Itapirubá a Capivari de Baixo).

O DNIT também instala a sinalização definitiva nos trechos duplicados pertencentes ao lote 29, entre os municípios catarinenses de Araranguá a Sombrio. Os trechos em obras em Tubarão (Morro do Formigão) e Laguna (lote 1, ponte sobre o Canal de Laranjeiras e obras em Pescaria Brava) estão recebendo acréscimo na sinalização vertical provisória de obras, com objetivo de alerta aos motoristas a possível formação de tráfego lento.

Desde 2010, o DNIT vem instalando estruturas metálicas para fixação de pórticos e semipórticos, usados na sinalização vertical indicativa, entre o km 300, em Laguna ao km 465, em Passo de Torres, no extremo-sul catarinense. Nas estruturas estará fixada sinalização vertical indicativa, apresentando a quilometragem a percorrer até determinada cidade ou a aproximação do acesso a um município, balneário ou praia.

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Núcleo de Comunicação DNIT/SC