Construtoras, empresas e arquitetos apostam na preservação de resíduos da construção civil
Aos 15 anos de idade, tentando reparar uma prancha de surf, o tubaronense Mário Fermínio teve o interesse despertado para a sustentabilidade. “Não procurei uma madeira virgem para consertar o problema, mas sim um resíduo da construção civil. Desde então as ideias não pararam de surgir e, hoje, produzimos de maneira sustentável tudo o que é feito com madeira, do porta-retrato, passando pela cuba da pia e chegando à parede”, explica ele, que é dono da primeira patente verde na construção civil do Brasil.
Há um ano e meio no mercado, nessa semana, pela primeira vez, ele resolveu apresentar ao grande público os produtos que fabrica. De quarta-feira até o próximo domingo, Fermínio conta a sua história na CasaPronta de Tubarão, realizada no Cecontu. “Aos poucos fomos aperfeiçoando nossas técnicas. Pegamos os restos de madeira de construções e fazemos móveis, objetos decorativos, enfim, tudo o que o cliente pedir. A diferença pros demais, além de ser completamente sustentáveis, é que os nossos produtos são impermeáveis, tornando-se vitalícios”, explica. Para isso, cada peça recebe o acabamento com resina. “Essa patente veio ao encontro da necessidade de combater o aquecimento global e a poluição. Enquanto muita gente agride a natureza, nós lutamos para preservá-la”, diz o profissional.
O arquiteto Maycon Luiz de Oliveira garante que a procura por móveis e empreendimentos sustentáveis está cada vez maior. Sistema de reaproveitamento de água da chuva, captação de energia solar e reciclagem de resíduos sólidos e orgânicos são alguns dos procedimentos mais pedidos. Além disso, artigos que antes iam fora, hoje são utilizados na produção de peças exclusivas e diferenciadas daquelas produzidas em escala comercial. “As pessoas têm se interessado bastante por esse nicho de mercado. Temos sentido uma aumento considerável”, expõe.
Entre as peças que podem ser feitas de forma exclusiva, destacam-se o sofá de pallets, as bobinas de fios, utilizadas para fazer mesas e decoradas com cacos de cerâmica, formando mosaicos, e os pufs à base latas de tinta. “Elas deixam o ambiente mais descontraído e, dependendo do acabamento, mais rústico. Uma excelente alternativa para quem quer um diferencial na decoração da casa”, pontua o arquiteto.
De acordo com Jaqueline Backes, da Nossacasa Feiras e Eventos, a CasaPronta tem este objetivo, de mostrar aos visitantes as infinitas alternativas encontradas na construção civil, no mobiliário e na decoração. “Alcançamos nossa meta e temos a certeza de que os visitantes sairão daqui bastante satisfeitos. São diferentes e grandes possibilidades de negócios”, comenta Jaqueline.
A CasaPronta segue até domingo, dia 25 de maio. Os visitantes podem conferir a exposição das14h às 19 horas. A entrada é franca e o estacionamento custa R$ 5.
Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação
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