Saúde

Teste do Coraçãozinho em recém-nascidos passará a ser feito em Criciúma

Foto: Daniela Savi

Foto: Daniela Savi

Uma ação simples no recém-nascido é capaz de identificar problemas cardíacos congênitos. Assim é o teste chamado de Oximetria de Pulso (Teste do Coraçãozinho), que faz o diagnóstico precoce de doenças no coração do bebê. O projeto de Lei PE 064/14 de autoria do Município, mas que teve iniciativa da vereadora Camila Nascimento (PSD), foi aprovado na Sessão Ordinária de hoje (29/9), por unanimidade pelos parlamentares.

O teste não provoca dor e é eficiente para salvar a vida de muitos bebês, já que algumas doenças do coração requerem intervenção o mais cedo possível. O exame é, na verdade, uma medição da saturação de oxigênio no sangue através de uma pulseira colocada no punho e no pé do bebê e que detecta problemas no coração antes mesmo de aparecerem sintomas. Geralmente, um a cada 100 bebês pode apresentar alterações cardíacas congênitas, com abertura nas paredes das câmaras do coração e defeitos nas válvulas do coração.

A vereadora Camila destacou que ocorre com bastante frequência ser concedida alta aos recém-nascidos e posteriormente estes bebês precisarem retornar ao hospital, após curto espaço de tempo, com problemas muitas vezes graves, que poderiam ter sido detectados e investigados antes da alta pós-parto, por meio da Oximetria de Pulso, como concluiu o estudo realizado pela Universidade de Birmingham e Birmingham Women's Hospital, no Reino Unido.

“São inúmeras as pesquisas realizadas que apontam os benefícios dessa prática para os bebês, no entanto, o exame de rotina somente é realizado no âmbito das UTIs neonatais, não se aplicando aos berçários com os bebês aparentemente normais. É certo que o teste não detecta todas as doenças cardíacas, mas representa um grande avanço no que diz respeito às formas de prevenção de doenças. Os pais e cuidadores devem também ser informados que a Oximetria de Pulso, isoladamente, pode não detectar todos os casos de cardiopatia congênita crítica e, assim, um resultado de teste negativo não exclui a possibilidade de doença cardíaca”, enfatizou a vereadora.

Ela ainda destacou que durante o pré-natal, o ecocardiograma fetal, que pode ser realizado entre a 18ª e 24ª semana, já é capaz também de indicar algum problema no coração do bebê. “No entanto, considerando que oecocardiograma fetal nem sempre faz parte dos exames solicitados pelo médico durante o pré-natal, a Oximetria de Pulso, que incorre em muito baixo custo, poderá salvar vidas, desencadeando investigação cardiológica mais profunda nas crianças”, finalizou ela, lembrando que neste ano conheceu uma família em que a criança foi constada com a doença. Hoje ela estaria completando cinco meses de idade.

Colaboração: Daniela Savi