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Trabalhadores ceramistas anunciam greve para quinta-feira

Foto: Gentil Francisco

Foto: Gentil Francisco

Sem sinalização de melhoria de proposta pelos empresários, os cerca de cinco mil trabalhadores ceramistas de Criciúma e região aprovaram hoje (10), nas Assembleias realizadas em Cocal do Sul e Criciúma a greve geral a partir de quinta-feira (13).

Eles não aceitam fechar o Acordo Coletivo, data-base em 1º de janeiro, com somente 7% de reajuste, sendo 5,56% de INPC e 1,44% de ganho real para quem recebe até R$ 3 mil e, 5,56% de INPC, para aqueles com vencimentos acima de R$ 3 mil até R$ 4.500,00, além do abono de R$ 800.

A categoria reivindicava 12,5% entre inflação e ganho real, porém, a direção e comissão de negociação do Sindicato definiu uma contraproposta para apresentar ao patronal e evitar a paralisação: 10% de aumento geral; abono de R$ 850,00 e uma hora de intervalo de refeição para aquelas empresas que fazem 30 minutos como a Eliane, Gabriela e Piso Forte além da manutenção das demais cláusulas sociais. A proposta será encaminhada nessa terça-feira (11), para o Sindicato Patronal junto com o comunicado da greve.

Segundo Itaci de Sá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e região, os trabalhadores aprovaram esses números como limite para não paralisar as atividades. Caso contrário, a greve inicia na quinta à noite por tempo indeterminado. “Existem dois grupos dificultando a negociação e, um deles com faturamento de R$ 65 milhões mensais. Então querem reduzir o custo da mão de obra, diminuir ainda mais o valor do suor do trabalhador. É hora de lutarmos pela valorização. De pegar junto e mostrar nossa união e força”, pondera o sindicalista.

As empresas a iniciarem o protesto ainda serão definidas pela entidade. São 13 cerâmicas na região. A última greve da categoria foi de 46 dias em 1988. Eles reivindicavam a redução da jornada.

 

Colaboração: Maristela Benedet