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Trabalhadores chegam à fábrica e são impedidos de trabalhar pelo Sindicato

"Sindicato dos trabalhadores está sendo incoerente e inflexível nas negociações salariais", afirma presidente do Sindiceram

100% dos trabalhadores da indústria cerâmica foram às fábricas no início dos turnos e foram impedidos de trabalhar pelo Sindicato dos Trabalhadores. A greve começou após a rejeição da proposta de 8% oferecida pelo Sindiceram. A proposta do Sindicato permanece mais uma vez acima das médias de mercado. Mesmo assim, o Sindicato dos Trabalhadores insiste na paralisação.

As cerâmicas da região passam por diversas dificuldades. Algumas como a Cecrisa, Eliane, Gisele e Gabriela possuem altas dívidas. Outras passam pelo processo de regime de recuperação judicial. Além deste ponto, os salários das indústrias cerâmicas da região estão acima da média do mercado, em especial comparando-se com os salários de indústrias cerâmicas de outras regiões.

O presidente do Sindiceram, Otmar Müller comenta que os funcionários estavam dispostos a trabalhar e foram coagidos a não entrarem nas fábricas. “As pessoas que estão em frente às fábricas não são trabalhadores da indústria cerâmica, são de outras categorias que estão apenas colaborando para causar tumulto”, destaca Müller.

O presidente destaca ainda que as negociações seguiam normalmente e que a paralisação é desnecessária. “O Sindicato dos Trabalhadores está sendo incoerente e inflexível nas negociações salariais, nossa proposta de reajuste está acima de nossas capacidades considerando a situação econômica das cerâmicas da região”.

Colaboração: Patrícia Caciatori/Imprensa Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A.