Saúde

Trabalhadores da saúde rejeitam 1% de reajuste e podem cruzar os braços

Foto: Maristela Benedet

Foto: Maristela Benedet

Na primeira rodada de negociação do acordo coletivo dos mais de 4 mil trabalhadores dos 16 hospitais da região de Criciúma e Vale do Araranguá, realizada hoje (7) no hospital São José, em Criciúma, não houve acordo. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde) rejeitou as propostas de 1% de aumento real pagos a partir de janeiro, o índice do Piso Estadual de Salários a ser  aprovado pelos deputados para o Piso Salarial, 40% de insalubridade para o setor de higienização (previsto em lei) e a antecipação de 2% de quinquênio quando o empregado completar dois anos na função e 3% ao completar cinco anos na empresa, oferecidos pelo Sindicato Patronal para os hospitais maiores.

As instituições de Içara, Praia Grande e Jacinto Machado farão reuniões separadas para negociar as cláusulas ainda sem data marcada.  Assembleia com a categoria para votação da proposta acontece dia 13 de novembro, às 19h, na sede provisória do sindicato em Criciúma.

Para o presidente do Sindisaúde, Cleber Ricardo Cândido, as propostas serão apreciadas na assembléia “mas na nossa avaliação não serão aceitas por estarem muitos distantes das necessidades e reivindicações dos trabalhadores. Se os hospitais não avançarem a categoria poderá deliberar pela paralisação nos próximos dias”, pondera o sindicalista.

Conforme Cândido, as perdas são muito grandes na categoria, os trabalhadores estão cansados e querem ser reconhecidos pelas suas atividades com funções cada vez exigentes devido às complexidades que se ampliam nos hospitais a cada dia. “Temos dois pontos fortes de luta e anseios dos profissionais: duas folgas na jornada 12 x 36 e uma folga semanal para as 6 horas diárias. Hoje eles trabalham  dobrado para 'pagar' a folga”, avalia o sindicalista.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão: reajuste de 15%; piso de R$ 1.200,00; vale-alimentação de R$ 250,00; redução da jornada de trabalho; 40% de insalubridade para o setor de higienização;   jornada de 6 horas com folga semanal; jornada 12 x 36 com duas folgas semanais; fim do banco de horas; abono anual de R$ 500,00 e triênio de 5% sem congelamento entre outros. A data-base é 1º de novembro.

Colaboração: Maristela Benedet