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Trabalhadores portuários protestam em Imbituba

Foto: Click Sul/Divulgação/Notisul

Foto: Click Sul/Divulgação/Notisul

Para manifestar o desejo de não serem contratados com vínculo e exigir uma negociação justa, de acordo com a lei, para garantir que todos tenham o acesso ao trabalho, cerca de 150 trabalhadores portuários avulsos (conferentes, arrumadores, estivadores) realizaram uma manifestação ontem, em Imbituba.

Conforme reportagem do jornal Notisul,o movimento ‘Não ao Vínculo’ teve como estopim a abertura de editais de admissão de operadores portuários, sem qualquer discussão sobre modalidade de contratação, forma de trabalho, base salarial e processo indenizatório para os que não forem contratados. Conforme o presidente da Intersindical – entidade que envolve os sindicatos dos estivadores, conferentes, arrumadores – Dalmir Silva, da forma que é aplicado, sem negociação ou qualquer conversa, o trabalho portuário avulso em Imbituba será extinto. “Muitos pais de família vão ficar sem trabalhar”, lamenta Silva.

Os trabalhadores questionam o fato de serem usados pela classe patronal, pois o porto cresceu, as empresas enriqueceram e agora os trabalhadores não servem mais. “Vamos às ruas buscar o apoio da população e das autoridades. Vivenciamos uma situação muito delicada, em que os postos dos trabalhadores portuários se encerram e outros empregos são gerados no porto, com salários ainda menores e como se fossem novos”, destaca o presidente do sindicato dos conferentes, Juarez Gonçalves.

“O trabalhador portuário está sem garantia nenhuma e o município sofrerá ainda mais as consequências econômicas da ação, pois se diretamente vamos perder centenas de empregos, o que dirá o comércio de Imbituba, por exemplo”, compara Gonçalves.