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Trabalhos avançam na cabeceira Sul da Ponte de Laguna

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Comunicação Dnit-SC

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Comunicação Dnit-SC

Os trabalhos de construção dos três apoios da cabeceira Sul (quatro pilares e uma travessa), na ponte para travessia do Canal de Laranjeiras, avançam em ritmo acelerado, abrindo espaço para a instalação das aduelas no segundo trecho corrente da estrutura. O espaço de obras está localizado próximo ao km 316 da BR-101 Sul catarinense, no limite dos municípios de Laguna e Pescara Brava, segundo trecho em terra da ponte. O primeiro, já com boa parte dos trabalhos concluídos, está localizado em Cabeçuda, Laguna.

Na cabeceira Sul, a travessa, construída em concreto e aço, marca o limite entre as pistas elevadas e o início do trecho terrestre, já no lote 1 da travessia urbana lagunense. Outros dois apoios, com quatro pilares ao todo, formam o conjunto de suporte para reinicio da instalação das aduelas – peças que formam o tabuleiro da estrutura – seguindo do Sul em direção aos pilares estaiados, na lagoa Santo Antônio dos Anjos. Nos quatro pilares seguem os trabalhos para construção das travessias, onde a treliça-lançadeira vai apoiar as peças.

Quando os trabalhos das aduelas, nos 33 vãos do trecho corrente Norte for finalizado, a treliça-lançadeira, equipamento utilizado no içamento e instalação das peças vai retornar ao primeiro vão da ponte, em terra, sendo desmontada e transportada, em caminhões, até a cabeceira Sul. Lá, o equipamento será remontado e instalado nos pilares. O processo de desmonte e remontagem da treliça vai demorar 70 dias. O consórcio Ponte de Laguna (Camargo Corrêa-Aterpa/M.Martins-Construbase) pretende iniciar a operação de translado no início do mês de maio.

A Ponte de Laguna terá 52 vãos, quando finalizada. Os trabalhos continuam no trecho Norte, com a instalação dos últimos vão de aduelas, na construção dos dois mastros estaiados e a construção de pilares no trecho Sul. A cravação de estacas (camisas metálicas) está chegando ao final. Das 136 pilares previstos (96 em vãos e 40 nos dois apoios estaiados), 132 estão prontos. Do vão 1 ao vão 33, todos os pilares estão concluídos.

Atenção para desvio no km 316 – Para abrir espaço à construção da cabeceira Sul da ponte, o DNIT redefiniu o trânsito de veículos para desvio provisório, liberado no final do ano passado. Com isso, os motoristas devem atentar para o limite de velocidade, fixado em 60 km/h, para a sinalização provisória de obras, para o reingresso de veículos vindos das comunidades de Laranjeiras e Bananal, bem como a todo a entrada e saída de veículos e trabalhadores envolvidos na obra. O desvio liberado ainda recebe trabalhos complementares no talude escavado.

Toda a frente de obras está sinalizada e identificada, cercada com tapumes, evitando a entrada de pessoal não autorizado ou a redução de velocidade para observação dos trabalho. Também é proibido o trânsito de veículos pelo espaço liberado para movimentação dos equipamentos, sobre o antigo traçado de pista. Com a liberação do viaduto de acesso ao Bananal, última obra de arte especial do lote 25, os motoristas devem seguir a sinalização disposta para acesso às comunidades lindeiras a BR-101 Sul, neste segmento.

A treliça-lançadeira – O içamento e instalação das aduelas é feita pela treliça-lançadeira, equipamento vindo de Portugal para Laguna, para ser utilizado exclusivamente nas obras da ponte. A treliça mede aproximadamente 131 metros de comprimento, com 12 metros de altura, contanto do tabuleiro (parte superior do pilar) e cerca de nove metros de largura e 600 toneladas de peso, sendo o maior equipamento em operação no empreendimento. A treliça tem base fixa, atrelada aos pilares, e um guindaste móvel que desliza sobre a estrutura, içando as aduelas e tem capacidade de carga de 1260 toneladas, sendo capaz de erguer um vão com 14 aduelas – 48 metros de comprimento –, pesando cerca de 1211 toneladas, ou o mesmo peso de 1279 carros Wolkswagem Gol G6. Cada vão deve ficar pronto em cinco dias, considerando as condições climáticas para operação na lagoa Santo Antônio dos Anjos.

O consórcio estima que 30 pessoas serão necessárias para operação do equipamento e realização das atividades de construção civil envolvidas (colagem e tencionamento de cabos de aço das aduelas, etc.). Todos os profissionais das empresas integrantes do consórcio têm experiência em outros modelos de treliça-lançadeira, e receberam treinamento do fabricante para operar o modelo adquirido para construção da Ponte de Laguna.

Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Comunicação Dnit-SC