Dependentes químicos e alcoólicos da região Carbonífera terão um novo espaço para tratamento, a partir deste sábado. Será inaugurado, às margens da Rodovia Jorge Lacerda, no bairro Capão Bonito, o Centro Terapêutico Águas Vivas, que terá a fé como cerne do processo de recuperação de homens acima de 18 anos. O projeto é da Associação de Assistência Social Jeová Jiré, que tem a Igreja do Evangelho Quadrangular de Criciúma (IEQ) como principal mantenedora. “A espiritualidade servirá de base para todas as ações, mas também vamos oferecer terapias ocupacionais, além de acompanhamento médico, psicológico e de assistência social”, afirma o Reverendo Jair Alexandre, Superintendente da IEQ Criciúma.
A rotina no local será marcada por cultos, mas também pela laborterapia, importante instrumento de reeducação e reinserção social pelo trabalho. No ambiente rural, os internos do centro terapêutico terão como principais atividades o plantio de verduras e o cuidado com animais: galinhas, porcos e cavalos.
Atualmente, o espaço tem capacidade para apenas quatro reeducandos, mas a ampliação das dependências já está em andamento. “Em cerca de dois meses, teremos capacidade para 16 pessoas. Nossa meta é oferecer o tratamento de forma gratuita, com a ajuda dos membros das igrejas do município. Afinal, servir ao próximo faz parte do ide de Jesus Cristo”, explica o superintendente.
Há alguns dias no centro, Tadeu (nome fictício), de 27 anos, comemora a chance de reabilitação. Envolvido com drogas desde os 14 anos, o jovem só resolveu dar um basta no vício por conta dos filhos de dois e três anos de idade. “Tem gente que chama esse lugar de desafio, mas desafio mesmo será voltar para a casa e permanecer limpo. Não quero dar mau exemplo para as minhas crianças”, desabafa.
A Igreja do Evangelho Quadrangular possui outros projetos semelhantes em várias cidades de SC, entre elas Joinville, Chapecó, Imbituba e Tubarão. A inauguração do Centro Terapêutico Águas Vivas será às 11h deste sábado e contará com a presença de membros da igreja, familiares dos dois reeducandos já internados e de autoridades políticas e religiosas.
Colaboração: Caroline Bortot/Assessoria de Imprensa
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