Foto: Divulgação/Unesc
Cercado de tantos problemas financeiros e administrativos, o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina – Hmisc conta agora com uma nova alternativa. Após proposta e encontro com o prefeito eleito, Clésio Salvaro, a Universidade do Extremo Sul Catarinense – Unesc realizará um estudo para avaliar a possibilidade de assumir a administração da instituição de saúde.
O prazo é que até o fim de novembro o grupo de trabalho iniciado, também formado pelo vice-prefeito, Ricardo Fabris, conclua e encaminhe uma proposta ao Conselho Superior de Administração da Fundação Educacional de Criciúma – Fucri, a mantenedora da Unesc.
Uma reunião foi realizada na manhã de ontem, onde Clésio destacou que o hospital está entre os assuntos prioritários para o período transitório de governo. Com isso, o objetivo é oportunizar serviços mais qualificados através de um custo menor comparado ao R$ 1 milhão e 250 mil mais incentivos, pagos ao Instituto de Saúde e Educação Vida – ISEV, o atual administrador do Hmisc. De acordo com o reitor da Unesc, Gildo Volpato, a Unesc tem interesse em assumir a hospital, pois pelo ponto de vista acadêmico seria uma grande aquisição.
Porém, se mostra cauteloso no que diz respeito a questões jurídicas e financeiras. “Seria muito interessante, pois oportunizaria a abertura de novos estágios para nossos estudantes. Mas, é necessário ver a questão jurídica e a sustentabilidade financeira. Não queremos cometer o mesmo erro como foi feito no convênio com o Hospital Regional de Araranguá, do qual saímos em 2012”, afirma. O processo contábil que será feito pela equipe formada para analisar também todas as condições da transferência de gestão.
A presidente deste grupo de trabalho, Luciane Ceretta, disse existir propostas para o Hmisc, mas que para que a decisão seja feita de forma responsável, serão estudados todo o orçamento de investimentos hospitalares, custo de trabalhadores, equipamentos e demais gastos para manter o hospital. Disse também que há mais tempo a Unesc já havia sido convidada para assumir esta gestão. “Em tempos anteriores até foi feito um pedido, que não se formalizou. Sabemos que faríamos com competência e qualidade, viabilizando uma instituição de qualidade. Até novembro damos um parecer, o prefeito mostrou bastante interesse de que o assunto seja tratado com agilidade”.
Confiança na Unesc
Mesmo que o nome da universidade já tivesse sido cogitado para assumir o Materno-Infantil, Gildo Volpato alega que nenhum estudo ainda havia sido iniciado. “Não estávamos trabalhando com essa hipótese, até porque os estágios em saúde estão acontecendo. Não é papel da Unesc a gestão da saúde e sim a formação de profissionais para a área”, esclarece. Mas, ainda assim, Salvaro acredita que a instituição seja uma opção viável, que atenderá as necessidades atuais do hospital.
“Durante os meus quatro anos como prefeito a Unesc foi o meu maior parceiro. Na época, ela estava administrando o Regional, mas agora como não tem mais esse hospital, eu acredito que possa assumir. Todos os serviços oferecidos pelo Santa Catarina a Unesc oferece um curso. O que queremos é resolver o problema”, enfatiza. Clésio Salvaro deixou claro que resolver a atual situação do Hmisc está entre as prioridades, mas não quis fazer qualquer avaliação sobre a gestão exercida pelo ISEV.
Entre os demais assuntos que já estão sendo acompanhados de perto pelo futuro prefeito estão os atendimentos do Hospital São José – HSJ e também o reconstrução da obra física do Paço Municipal Marcos Rovaris, que sofreu dois incêndios no ano passado. Esse último assunto, já tem nova data para ser tratado. “Tivemos reunidos com o Beto Barata e dia 7 de novembro nos encontraremos com o Sinduscom, representado por empresas do setor de construção civil, onde iremos falar sobre os processos jurídicos e licitatórios”, diz.
