Geral

Unisul faz campanha para arrecadar fundos para jovem de Lauro Müller com leucemia

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Agulhas, medicamentos e uma longa lista de restrições fazem parte do cotidiano da jovem Natalia Luciano Ribeiro, de 25 anos. “Meu quarto parece uma farmácia”, ela conta com tom de brincadeira. Há quatro anos, Natalia foi diagnosticada com leucemia, um câncer que afeta as células brancas do sangue. Mãe de Ruan e Alice, ela mora com os pais em Lauro Müller.

A Escola Walter Holthausen, onde Natalia estudou quando era mais nova, é parceira do Unisul.Futuro e assim a equipe das Ações Sociais da Universidade ficou sabendo do caso. Sete palestras serão feitas em três colégios, uma no Colégio Monsenhor Agenor Neves Marques, em Urussanga, três na Escola Walter Holthausen, em Lauro Müller, e três na Escola Dom Joaquim, em Braço do Norte.

“O tema vai ser sobre o bem e o mal das redes sociais. É para alertar as crianças sobre como a internet pode ser usada ao nosso favor, mas também tem seus perigos”, explica o Gestor de Negócios das Ações Sociais do Unisul. Futuro, Robson Galvani Medeiros. As palestras serão gratuitas, mas serão distribuídos tíquetes de R$ 2 a R$ 5 para quem quiser colaborar. Todo dinheiro arrecadado será doado para ajudar nos custos do transplante da Natalia. Quem comprar o tíquete concorrerá a um prêmio. A família também planeja confeccionar camisetas para vender.

A leucemia se desenvolve na medula óssea, parte do corpo que produz as células sanguíneas. Um organismo com essa doença produz uma quantidade excessiva de certos tipos de glóbulos brancos, que causa infecções, anemia e sangramento excessivo. Natalia chegou a ficar mais de um ano em remissão, termo utilizado quando não há mais sinais da doença. Mas durante uma consulta de rotina em julho, descobriu que o câncer voltou. As sessões de quimioterapia iniciaram novamente, mas desta vez ela aguarda um doador de medula óssea. “Recebemos a informação do REDOME (Registro Nacional de Medula Óssea) que ela conseguiu um doador compatível de 24 anos, mas ele não é do Brasil. Ainda falta o resultado de alguns exames para confirmar a compatibilidade”, conta Marilda, mãe da jovem.

Apesar da boa notícia, o médico que acompanha o tratamento de Natalia já informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem um tempo de espera de no mínimo seis meses para realizar o transplante. Hoje, Natalia tem que tomar vários remédios e ter uma alimentação rígida, sem poder comer alimentos crus ou preparados fora de casa. Também não pode ter contato com pessoas ou animais, por causa do risco de ser contaminada por alguma bactéria. O cuidado aumentou depois de ela ter passado em 24 dias internada no Hospital São José, em Criciúma, por causa de uma infecção contraída no intestino. “Eu não conseguia comer nada e fiquei muito inchada. Durante dez dias tomei os tipos mais fortes de antibióticos e remédios para dor. Agora que me recuperei, tenho mais precaução com o que como”, conta Natalia.

Como o tempo é precioso para uma doença tão grave, a família pesquisou o custo do transplante por conta própria. A descoberta não foi das mais agradáveis: R$30 mil. Esse é o custo apenas para cirurgia, porém o paciente tem que ficar na cidade onde o transplante é realizado, que neste caso é Florianópolis, durante seis meses. Além deste valor, ainda tem o de moradia, comida, transporte e medicação. O objetivo agora é tentar conseguir apoio do máximo de pessoas possíveis. Marilda, que é professora do município, conseguiu se afastar dois meses para auxiliar nas atividades e nos cuidados com a Natalia. Quem tiver interesse em acompanhar a trajetória, pode acessar a Fan Page.

Colaboração: Cilene Macedo