Política

Vereador afirma que técnica de enfermagem da Rede Feminina não recebe salário há três meses

Vereador Cristian Berger (Foto: Ariel Rodrigues)

Vereador Cristian Berger (Foto: Ariel Rodrigues)

Utilizando a tribuna na sessão dessa segunda-feira (19), o presidente do Poder Legislativo, Cristian Berger, o Kiki, mencionou que foi procurado por membros da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Orleans para relatar uma desagradável situação.

Segundo Kiki, a entidade passa por dificuldades em manter ativos os trabalhos ao público com relação aos exames preventivos realizados gratuitamente a população. O fato se deve no atraso do salário da única técnica de enfermagem que a rede dispõe. Desde o mês de fevereiro, Eliene Brighente Bianco, não recebe o pagamento que é feito por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal de Orleans.

“A Rede Feminina realiza um trabalho digno de muito respeito da população. Porém, com essa situação, a técnica de enfermagem pretende abandonar os trabalhos. Ela precisa receber um salário de acordo com a sua função”, declarou Kiki.

A reportagem do Portal Sul in Foco manteve contato com a presidente da Rede Feminina, Mireli Cruz Debiasi Périco, que confirmou o caso. A técnica em enfermagem atua na entidade há sete anos. Indispensável na rede, a profissional seria a única pessoa a ser paga pela prefeitura, todavia, que as outras mulheres que atuam na rede, prestam serviço voluntário. “Somos mulheres voluntárias que com muito esforço e dedicação, realizamos um trabalho maravilhoso em Orleans. É preciso regularizar essa situação da nossa técnica de enfermagem, pois sem ela, a rede não tem a necessidade de manter suas portas abertas”, destacou Mireli.

A coleta de exames preventivos, os quais detectam se a paciente possui ou não câncer e outros males só podem ser feitos por uma pessoa especializada no assunto. “Todo mês, temos um fluxo de 300 atendimentos à população. Lembrando que a rede funciona somente no período da tarde”, afirmou Mireli.

A presidente ainda menciona que a entidade mantém suas despesas, através do dinheiro arrecadado de um bazar de roupas doadas a entidade. “Temos somente a despesa de manutenção do ambiente e de uma faxineira para a limpeza do local. Prestamos serviço em um espaço cedido pela Fundação Hospitalar Santa Otília. Porém, fomos informados que em breve, poderá ser cobrado aluguel da rede para uso do espaço. Nossa intenção não é de forma alguma atingir a gestão municipal ou a secretária de Saúde. Queremos simplesmente uma resposta por parte dos responsáveis”, pontua Mireli.