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Vinte e um milhões de pessoas são exploradas no mundo

Foto: Daniela Savi

Foto: Daniela Savi

Os números da OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontam 21 milhões de pessoas exploradas pelo tráfico, sendo 1,8 milhão na América Latina. O perfil das vítimas mostra que 74% são adultos (15,4 milhões) e a maioria – 55% – mulheres. O tráfico para trabalho forçado e para exploração sexual está entre as principais finalidades. Este foi o assunto discutido na Tribuna Livre de hoje (1º) na Câmara de Vereadores de Criciúma. O tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade deste ano, lançado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), foi abordado por solicitação do vereador Salesio Lima (PSD). “É uma oportunidade de refletir a realidade da nossa sociedade. É um tema amplo e uma forma de repassar a todos esse assunto que é muito importante”, enfatizou o parlamentar.

Conforme o padre Joel Sávio esse assunto é muito importante e não tenta resolver todos os problemas em um único ano. “Na verdade intensificamos a discussão durante a quaresma, mas faz parte durante todo o ano e vai continuar na discussão de toda a sociedade. Não é uma campanha restrita a líderes das igrejas, mas deve fazer parte da discussão dentro da família. As famílias devem estar conscientes desse mal”, comentou.

Segundo o padre, hoje o tráfico humano só não é mais rentável do que o tráfico de drogas. “Na nossa região não temos números, mas temos testemunhos”, acrescentou. O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é “identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas de boa vontade para erradicar este mal com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus”.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a prática movimenta 32 bilhões de dólares por ano em todo o mundo, com 85% do valor vindo do tráfico para fins sexuais. Também participou do debate, a coordenadora da Renovação Carismática Católica de Criciúma, Luciana Neves Alves Pereira.

Colaboração: Daniela Savi