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Zé das Bandeiras em ritmo de Copa

Foto: Reprodução Jornal Diário do Sul

Foto: Reprodução Jornal Diário do Sul

José Batista Caetano, o Zé das Bandeiras, um dos personagens mais populares de Tubarão, dá um duplo exemplo às pessoas que estão desmotivadas com a Copa do Mundo no Brasil e as chances de título da Seleção Brasileira, e também aquelas que costumam reclamar de tudo um pouco. 

Conforme reportagem do jornal Diário do Sul, apesar das limitações por causa de uma paralisia, que lhe roubou parte dos movimentos aos seis anos de idade, ele sai de casa todos os dias em uma bicicleta adaptada para ganhar a vida vendendo bandeiras, camisas e fitas nas cores verde e amarela no Centro de Tubarão. Para o vendedor, muita gente vai se dar mal ao apostar contra a Seleção Brasileira. “O Brasil vai ser campeão”, garante.

Às vésperas de Copa do Mundo, o ambulante pôs em recesso a pequena marcenaria nos fundos de casa, onde há anos fabrica raquetes de madeira, e trabalha apenas com as bandeiras, fitas e camisetas. Os preços desses materiais, encomendados de São Paulo, são para todos os gostos e bolsos: a camisa da Seleção Brasileira custa R$ 40; a bandeira grande custa R$ 10; a bandeira pequena, R$ 5 e a fita verde-amarela, R$ 1.

Com o dinheiro das vendas ele consegue ajudar no sustento da casa. Zé das Bandeiras vive com a mãe, dona Lucinda de Oliveira Caetano, no bairro São João margem esquerda.

O ponto de venda é praticamente o mesmo. Zé aproveita o sinal vermelho dos semáforos na avenida Marcolino Martins Cabral, nas proximidades do Museu Willy Zumblick, para oferecer os produtos aos motoristas. Não é raro observar algum deles baixar o vidro e saudar o ambulante, que se tornou conhecido de muita gente.

Por volta das 9h ele já está no lugar de costume. Além dos produtos para venda, ele leva na bicicleta o telefone celular para se comunicar com a mãe ou outros parentes. Zé das Bandeiras não está muito familiarizado com os jogadores da Seleção Brasileira, mas já demonstra preocupação com os jogos para se programar no trabalho. “Que horas serão os jogos do Brasil? Tenho de saber para me organizar”, comentou.

Se a Seleção Brasileira se inspirasse no Zé das Bandeiras, o título de hexacampeão seria bem mais fácil de ser conquistado.