Clima

18 anos do furacão Catarina: relembre o evento climático que atingiu SC

Ronaldo Coutinho relata e analisa o evento climático que aconteceu em 2004

Divulgação

Nesta segunda-feira, 28, fazem 18 anos que o furacão Catarina, um evento climático raro, atingiu os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esse foi o primeiro registro oficial de um ciclone tropical no Atlântico Sul.

Destelhamento e destruição de casas foram registrados devido ao vento forte de quase 200 km/h. Além disso, as chuvas causaram alagamentos, deixando um estrago irreparável, principalmente na região sul do estado.

Entre o surgimento e a dissipação, o evento climático perdurou por aproximadamente 10 dias, segundo o engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho. “Ele apareceu por domingo ou segunda-feira. De maneira mais incisiva, na quinta, sexta e sábado. Domingo ele já estava se desmanchando”, relata. Para Coutinho, o pico foi na sexta e sábado.

A força do furação

O Catarina está incluso na categoria de intensidade 2. “Ele teve rajadas acima de 200km/h. Só que, como ele não era muito grande e já entrou em terra, ele rapidamente perdeu força”, afirma Coutinho, ainda destacando que as chuvas não foram tão intensas. “Foi pouca em relação ao fato de ser um furação. As chuvas foram na casa do 120, 180 milímetros”. A estiagem atingia o estado na época. Por isso, a chuva foi absorvida pelas regiões áridas. “O impacto da chuva foi minimizado pelo solo muito seco. Isso ajudou bastante”, confirma Coutinho.

O vento atingiu com força a região litoral sul do estado. “Entrou com gosto na região ao sul de Criciúma, Araranguá, Torres, foi onde ele realmente veio”. Conforme fala Ronaldo Coutinho, a serra criou uma barreira, impossibilitando que outras cidades fossem atingidas. “Protegeu o interior da região sul. Se tivesse entrado mais na altura de Porto Alegre, teria avançado mais dentro do continente ou, se ele tivesse entrado em Florianópolis, o estrago seria muito maior porque ele canalizaria entre a ilha e o continente, formando um corredor de vento muito forte. Ele pegou a região onde poderia fazer menos estrago, mas os estragos que ele fez, são compatíveis com a categoria dois”, complementa.

Memórias

Na época, o engenheiro foi avisado por uma colega sobre a possibilidade do furação surgir. “Ela pediu para eu dar uma olhada. Eu peguei a imagem de satélite, mas não peguei uma imagem ampla. Eu até pensei: ela deve estar meio doida”, relembra. Foi só no dia seguinte que Coutinho foi se dar conta. “De início, aquela surpresa: vem ou não vem? Quando a gente viu que ele ia vim para a terra, aí sim. O negócio ficou bastante tenso porque a gente sabia o que ia acontecer’.

As pessoas não tinham noção da gravidade do evento climático, acredita Ronaldo Coutinho. “No início foi bem tenso. Porque tu sabia que ia acontecer e tinha a certeza que a população não ia entender o que eles iriam passar”. Se essa situação se repetisse, as pessoas saberiam como agir, pensa o engenheiro. “Hoje, se der o mesmo aviso, garanto que a maneira de agir da população vai ser totalmente diferente”.

Com informações do TNSul

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