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Marinha localiza 234 embarcações naufragadas na costa de Santa Catarina

Pouco a pouco, Santa Catarina está descobrindo o potencial arqueológico subaquático que tem nos 531 quilômetros de costa.

Timóteo Peixoto, 75 anos, quer ajudar a manter viva a memória das embarcações submersas na costa catarinense
Foto: Marco Favero / Diário Catarinense

Com semblante tranquilo e ares de quem conhece cada metro cúbico das águas marítimas em Laguna e nos municípios vizinhos, o pescador Timóteo Peixoto, 75 anos, aponta para alguns metros ao sul do ilhote do Cardoso, visto à distância, onde há restos de um naufrágio centenário.

A tranquilidade dele contrasta com a movimentação intensa de homens e mulheres carregando peixes entre os barcos e galpões de triagem e preparação dos pescados. Assim como Timóteo, outros moradores do litoral catarinense têm conhecimento da existência do patrimônio submerso, mas os detalhes que os envolvem ou o papel deles para explicar a história do Brasil ainda são desconhecidos pela maioria.

Essa realidade começa a mudar. Pouco a pouco, Santa Catarina está descobrindo o potencial arqueológico subaquático que tem nos 531 quilômetros de costa.

Nos últimos anos, levantamentos e pesquisas se tornaram mais frequentes, não apenas para saber a localização dos naufrágios, mas para conhecer a sequência de fatos que antecederam o infortúnio dos marujos que, sem escolha, lançaram-se às águas séculos atrás, enquanto assistiam suas embarcações submergirem.

A Marinha do Brasil, responsável pelo patrimônio submerso no mar sob jurisdição brasileira, trabalha desde 2011 na elaboração do Atlas dos Naufrágios de Interesse Histórico da Costa do Brasil, com o mapeamento de todas as embarcações afundadas desde o descobrimento, em 1500, até 1950, para contemplar as batalhas da Segunda Guerra Mundial.

Até agora, o levantamento já identificou 2.125 naufrágios em águas marítimas brasileiras, dos quais 234 estão na costa catarinense. O número sobe quando também se considera aqueles ocorridos depois de 1950. Menos da metade deles, porém, têm a localização exata conhecida.

Outras pesquisas, mais concentradas em pontos específicos, já foram ou estão sendo produzidas. São trabalhos ainda incipientes, porém que abriram o caminho para ampliar o conhecimento deste pedaço da nossa história.

Pescador conhece a localização dos navios que sucumbiram no Sul de Santa Catarina
Foto: Marco Favero / Diário Catarinense

Com informações do site Diário Catarinense

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