Geral

Obra do berço de atracação no Porto de Laguna envolve cuidados para a preservação dos botos

A obra, que começou em dezembro de 2021, só foi autorizada com o licenciamento ambiental

Divulgação

A dragagem do berço de atracação no Porto de Laguna segue em ritmo acelerado e inspira cuidados ambientais específicos para a região: a preservação dos botos, que interagem com os pescadores artesanais na hora da pesca. Esta interação é tão importante que recebeu o certificado de registro de patrimônio cultural imaterial de Santa Catarina.

A obra, que começou em dezembro de 2021, só foi autorizada com o licenciamento ambiental. A bióloga Mariana Fávero Silvano monitora de perto a presença dos animais e tem comunicação direta para orientar quem está operando a draga.

“A distância entre os botos e o equipamento deve ser de mais de 100 metros. Caso haja proximidade, a operação é paralisada”, explica. Outros fatores ambientais também são considerados, como o barulho emitido pela draga e a qualidade da água no local. A bióloga monitora, por exemplo, se há formação da pluma de sedimentação. “É uma espécie de cortina de fumaça que pode se formar com a movimentação da areia na água. Isto pode prejudicar a respiração dos peixes, afetando toda a cadeia alimentar do ambiente”, diz Mariana.

Tráfego de embarcações, resíduos no mar ou vazamento de óleo também são observados, obedecendo aos padrões e regras da legislação ambiental do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Os relatórios realizados pela bióloga são encaminhados para o órgão ambiental, que dá o parecer sobre a continuidade ou não da obra.

Outra preocupação ambiental é com o destino da areia que é retirada do fundo do mar. O material é depositado em um terreno chamado de bacia de sedimentação. Depois de seca, a areia é doada para ser utilizada em obras públicas

Sobre a dragagem

O desassoreamento no berço de atracação é uma necessidade antiga da comunidade pesqueira do Sul de Santa Catarina, que agora está sendo realizada com recursos do Governo do Estado de R$ 1,2 milhão. Conforme a SCPar, gestora do porto, são cerca de R$ 798 mil para a execução de dragagem e R$ 400 mil de monitoramento ambiental da obra. O prazo para os trabalhos é de quatro meses.

O objetivo da obra é retirar 76 mil metros cúbicos de areia, o equivalente a 7.600 caminhões de areia, com o uso de uma draga para chegar a uma profundidade de 5 metros, ideal para a acostagem dos barcos de pesca na região. Para isto, é estimada a retirada de cerca de 8 mil caminhões de areia.

A dragagem vai permitir a operação e a manobra dos barcos com segurança. Assim, o Porto atenderá médias e grandes embarcações da atividade pesqueira, fomentando a geração de emprego e incrementando a renda na região sul de Santa Catarina.

Para o gerente executivo do Porto, Fernando Vechi, a obra devolverá a relevância do local. “Esta é mais uma melhoria do Governo do Estado realizada aqui para devolver o protagonismo do setor pesqueiro que Laguna merece”, afirma.

Fernando destaca ainda que desde 2004 não era feita intervenção deste tipo. A situação prejudicava a chegada dos barcos. Havia casos de embarcações levarem cerca de 6 horas para poder ancorar e descarregar os pescados. “O sedimento que vem do Rio Tubarão foi se acumulando durante os anos, assoreou o local, dificultando a entrada das embarcações que muitas vezes têm que depender das condições da maré para conseguirem atracar no Porto”, comenta.

Notícias Relacionadas

Vereadores de Orleans aprovaram três Projetos de Lei, três Indicações e um Requerimento

A 14ª sessão ordinária foi realizada na noite desta segunda-feira, dia 6, sob a presidência da vereadora Maiara Dalponte Martins (MDB).

Vereador sugere que Poder Executivo crie programa social voltado ao esporte, em Lauro Müller

A Indicação nº 20/2024, de autoria do vereador Ricardo Fontanella (PP), foi apresentada durante a sessão ordinária desta segunda-feira, dia 6.

Governo federal antecipa pagamento de emendas parlamentares para o RS

Serão liberados R$ 580 milhões para 448 cidades gaúchas

Ingresso para Criciúma e Palmeiras custará R$ 220,00